Quase dois anos depois de ter encerrado as portas do palácio dos Condes de Tomar, na Baixa de Lisboa, a Hemeroteca Municipal de Lisboa voltou a abrir esta segunda-feira ao final da tarde. Os mais de 12 mil títulos de jornais e revistas podem agora ser consultados num prédio nas Laranjeiras. Desde o início que se sabe que a nova morada é temporária, mas o projeto futuro de instalar o equipamento na Lapa foi abandonado. A Câmara Municipal de Lisboa está a estudar alternativas.

A Hemeroteca Municipal de Lisboa saiu da zona do Chiado em setembro de 2013. Durante quatro décadas, morou na Rua de São Pedro de Alcântara, no palácio dos Condes de Tomar. Chegou a estar prevista a abertura de portas em 2014, até ao momento de mudar definitivamente o equipamento para o Complexo Desportivo da Lapa, onde seriam instaladas outras instituições culturais.

No entanto, Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura em Lisboa, adiantou ao Público que o futuro da Hemeroteca já não passará pela Lapa. Ao Observador, a vereadora confirmou que uma morada definitiva ainda está em estudo, não querendo adiantar nem que zonas estão a ser consideradas, nem datas para a mudança.

De acordo com a autarquia, os dois pisos do andar situado no número 21B da Rua Lúcio de Azevedo, em S. Domingos de Benfica, apresenta “melhores condições de leitura, mais e melhores terminais de acesso informático, ambiente moderno, maior conforto, climatização e luminosidade”.

O depósito da nova morada é insuficiente para alojar todo o acervo. “Uma parte está num depósito nos Olivais”, explicou Catarina Vaz Pinto ao Observador. Nas Laranjeiras estão os jornais e revistas mais consultados. Como fazer para consultar uma publicação alojada nos Olivais? “O que se pede às pessoas, sobretudo aos investigadores, é que façam as reservas online e depois será feita a consulta presencial por marcação”, explicou Catarina Vaz Pinto. Ou seja, não é necessária a deslocação à Hemeroteca para fazer um pedido.

Questionada sobre se a nova localização pode ser um entrave ao acesso, Catarina Vaz Pinto considera positiva a opção de “deslocalizar” a Hemeroteca, ao mesmo tempo que destaca a acessibilidade. “Em termos de transportes públicos é muito acessível, com metro à porta e muitos autocarros”, disse. Em comparação com as instalações antigas, a vereadora também destaca vantagens. “As instalações que o público pode utilizar são melhores, o palácio estava bastante degradado”, lembrou.

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