O número de imigrantes ilegais expulsos de Angola desceu para menos de 900 no início de julho, uma redução semanal de quase 500 casos, indicam dados disponibilizados esta sexta-feira à Lusa pelo Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).

Os números dizem respeito ao período entre 2 e 8 de julho, com o SME a informar que “afastou” de Angola, por via administrativa e judicial, 878 estrangeiros que residiam no país “em situação migratória ilegal”, face às 1.369 expulsões registadas na semana anterior.

O controlo da imigração ilegal tem sido uma prioridade defendida pelo Governo angolano, nomeadamente face à vasta fronteira terrestre, mas depara-se com a falta de meios e recursos humanos suficientes para assegurar essa vigilância.

Segundo informações que as autoridades angolanas vão tornando públicas, um dos focos da incidência destas situações de permanência ilegal no país acontece no interior norte de Angola, com centenas de cidadãos da vizinha República Democrática do Congo (RDCongo) detidos no garimpo, também ilegal, de diamantes.

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Nesse sentido, o SME afirma ter em curso uma “campanha de sensibilização” na província diamantífera da Lunda Norte, onde “houve uma redução de 1.290 cidadãos congoleses [RDCongo]”, que abandonaram voluntariamente aquele território na última semana.

Além disso, indicam os números oficiais do SME, estão contabilizados atualmente, através dos Centros de Detenção de Estrangeiros Ilegais, 469 cidadãos detidos por situação migratória irregular – uma descida de 141 casos numa semana – e que “aguardam o regresso para os respetivos países de origem”.

São maioritariamente (160) da RDCongo, mas há também 67 cidadãos da Guiné-Conacri na mesma situação, de acordo com os mesmos dados.

Ainda segundo o balanço mais recente do SME, no mesmo período, por infrações migratórias, foram aplicadas multas a 114 cidadãos e 24 empresas.