As trocas comerciais com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 24,7% de janeiro a maio deste ano, segundo os cálculos da Lusa baseados nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com as Estatísticas do Comércio Internacional, o conjunto das trocas comerciais entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, passaram de 2,3 mil milhões de euros de janeiro a maio de 2014 para 1,7 mil milhões nos primeiros cinco meses deste ano.

Juntando Brasil e Timor-Leste, os números mostram igualmente uma degradação, mas o aumento das importações de bens e serviços destes dois países diminui a descida nas trocas comerciais para 20,27%.

A descida do preço do petróleo nos mercados internacionais, que representa a grande maioria das compras portugueses a Angola, explica a acentuada quebra no valor das compras, que passou de quase 1,2 mil milhões para praticamente 900 milhões de euros, valendo menos 36,6%.

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Em sentido inverso – as compras de Angola a Portugal – a quebra também é significativa (24,9%), tendo passado de 755,4 milhões de euros para 478,7 milhões, de janeiro a maio deste ano.

As exportações caíram, de resto, para todos os países lusófonos com exceção de Moçambique e Cabo Verde, tendo subido 22,9% e 5,5%, respetivamente.

Em sentido inverso, isto é, as importações de produtos e serviços provenientes de todos os países lusófonos subiram nos casos de Timor-Leste (322,6%), Moçambique (64,9%), Brasil (21,5%) e São Tomé e Príncipe (18,6%).

Considerando apenas o mês de maio, para o total dos países no mundo, as exportações aumentaram 3,5% e as importações 6,2% no mês de maio face ao mesmo período de 2014, ambos influenciados por um acréscimo registado nos veículos, diz o INE.

Em termos das variações homólogas mensais, em maio de 2015 as exportações aumentaram 3,5%, devido ao comércio dentro da União Europeia, em especial devido aos veículos e outro material de transporte e combustíveis minerais, dado que se registou uma redução no comércio extra União Europeia.

Já as importações aumentaram 6,2% em resultado da evolução tanto do Comércio dentro e fora da União Europeia, refletindo sobretudo o acréscimo registado nos veículos e outro material de transporte, revela o gabinete de estatísticas.