Os bancos portugueses consideram que os critérios de concessão de crédito às empresas e famílias no segundo trimestre do ano mantiveram-se “relativamente estáveis”, de acordo com os resultados de um inquérito publicado pelo Banco de Portugal.

O supervisor bancário divulgou o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, um documento que dá conta dos resultados do inquérito feito no final do segundo trimestre a cinco bancos que atuam em Portugal sobre a oferta e procura de crédito.

O inquérito indica que para o terceiro trimestre, os bancos não antecipam “alterações nos critérios de concessão de crédito ao setor privado não financeiro, embora possa ocorrer uma ligeira redução da restritividade nos empréstimos a grandes empresas e nos empréstimos a longo prazo, bem como nos empréstimos particulares”.

Relativamente ao segundo trimestre, o inquérito revela que nos termos e condições aplicados nos contratos de crédito, “evidenciou-se uma redução de ‘spreads’ (margem de lucro do banco) aplicados nos empréstimos de risco médio, quer a pequenas e médias empresas (PME), quer a grandes empresas, e nos empréstimos particulares para aquisição de habitação”.

A maioria das instituições financeiras reportou “um ligeiro aumento nos últimos três meses” nos segmentos de empresas e particulares, sendo que “a concorrência entre instituições bancárias e uma avaliação mais favorável da situação e perspetivas de setores de atividade” ou empresas específicas terão estado entre os principais fatores indutores desta evolução.

Em termos de procura, o inquérito indica que, entre abril e junho, se verificou um aumento de empréstimos ou de linhas de crédito por parte das empresas, “sobretudo no segmento das PME e nas maturidades mais longas”.

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