A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta manhã dois administradores de empresas por alegada fraude na obtenção de subsídios do Estado e branqueamento, disse à Lusa fonte ligada à investigação. A operação, levada a cabo pela PJ através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, envolveu ainda buscas em empresas, escritórios de advogados e residências em todo o país, incluindo na região da Grande Lisboa.

Entre os detidos esta terça-feira pela PJ está um nome com ligações ao Grupo Lena. O gestor é suspeito de estar envolvido numa fraude de 15 milhões de euros, numa operação onde foi também detido um empresário espanhol. Os dois detidos não estão associados na prática do crime.

O Grupo Lena, em comunicado enviado às redações, afirma que “é falso que tenha sido detido qualquer responsável do Grupo”, e que o detido “foi administrador de uma empresa do Grupo Lena, tendo deixado de ter qualquer relação com o Grupo há cerca de dois anos”.

Num comunicado emitido esta terça-feira, a PJ anunciou que “a investigação centra-se na atividade desenvolvida através de empresas portuguesas e espanholas, que obtiveram, de forma fraudulenta, subsídios de elevados montantes”. Segundo a autoridade policial, os detidos têm 50 e 54 anos e vão agora ser presentes às autoridades judiciais para um primeiro interrogatório.

A PJ adiantou ainda que a investigação decorre no sentido de perceber o alcance das fraudes e do branqueamento de capitais, para além dos respetivos prejuízos ao Estado. De acordo com as forças policiais, estarão em causa “vários milhões de euros”. O inquérito será dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com a colaboração da Autoridade Tributária.

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