A Polícia Federal brasileira realizou buscas nas casas do senador e ex-Presidente Fernando Collor de Mello (Partido Trabalhista Brasileiro), de ex-ministros e de outros políticos no âmbito da investigação sobre crimes na Petrobras.

A operação, denominada de “Politeia”, é um desdobramento da Operação Lava Jato, e incluiu 53 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de políticos suspeitos de corrupção na petroleira brasileira, segundo a imprensa brasileira.

Nas casas de Collor de Mello em Brasília e Alagoas, foram apreendidos três carros de luxo: uma Ferrari, um Porsche e um Lamborghini. A residência na capital federal, chamada de Casa da Dinda, foi usada pelo político como residência oficial da Presidência quando ocupou o cargo.

Collor de Mello foi eleito Presidente em 1989, mas, após ser suspeito em um escândalo de corrupção e tentar sustentar um Governo sem apoio político, foi destituído a 29 de setembro de 1992.

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O político foi absolvido das acusações, cumpriu um período de oito anos de inelegibilidade, e voltou a ser eleito em 2006, como senador.

Outros políticos investigados pela operação são os ex-ministros do Governo de Dilma Rousseff Fernando Bezerra Coelho (Partido Socialista Brasileiro) e Mário Negromonte (Partido Progressista – PP), o senador Ciro Nogueira (PP), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o ex-deputado João Pizzolati (PP), mas não houve prisões.

Todos os investigados nessa operação negaram envolvimento com o esquema de corrupção e criticaram a ação da Polícia Federal, segundo a imprensa local.

Collor de Mello manifestou-se através da rede social Twitter, afirmando que a medida foi “invasiva, arbitrária e flagrantemente desnecessária”.

O advogado de Ciro Nogueira, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou ao portal de notícias G1 que a busca foi “abusiva” e que o senador já colocou à disposição da Justiça a sua informação fiscal, bancária e telefónica.