A ex-presidente da Câmara da Trofa eleita pelo PS Joana Lima, acusada de adjudicar serviços a familiares e amigos, foi absolvida pelo Tribunal de Matosinhos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza realçou não ter ficado provado que a ex-autarca tenha tido intervenção direta na contratação de serviços a familiares e amigos.

A arguida estava acusada de entregar todas as reparações e revisões dos automóveis do município, por ajuste direto simplificado, a uma oficina que é propriedade do companheiro de uma sua sobrinha e ceder à irmã todo o fornecimento de flores para eventos e datas festivas.

“Enquanto presidente do conselho de administração de uma empresa pública municipal, juntamente com outro arguido que era administrador executivo desta empresa, entregou a exploração do bar do complexo das piscinas municipais a um seu amigo, também arguido, o qual, de 02 de dezembro de 2010 a 01 de abril de 2012 não pagou qualquer renda pela exploração do espaço comercial, nem liquidou qualquer despesa relativa aos fornecimentos de água, eletricidade e gás, despesas suportadas integralmente pela empresa municipal”, dizia a acusação.

A magistrada lembrou que a ex-presidente, que liderou o município entre 2009 e 2013, queria fazer poupanças, devido à elevada dívida do município, sendo esse o pedido que fazia aos funcionários, segundo relataram as testemunhas.

Desde que assumiu os destinos da autarquia, os gastos com as despesas correntes, nomeadamente com as reparações automóveis e fornecimento de flores, diminuiu para metade.

À saída do tribunal, Joana Lima disse que sempre esteve confiante na sua absolvição porque sabia estar inocente.

“Fez-se justiça, a minha única preocupação sempre foram os meus filhos, que foram confrontados com esta situação”, acrescentou.

Juntamente com Joana Lima, o Ministério Público (MP) acusou mais dois arguidos – um administrador executivo de uma empresa municipal e um amigo – de, em coautoria, um crime de participação económica em negócio que foram, igualmente, absolvidos.

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