O presumível homicida de S. João da Pesqueira, conhecido como Manuel “Palito”, que está acusado de ter matado duas mulheres e ferido outras duas, em 2014, conhece hoje de manhã a decisão do tribunal de Viseu.

Manuel Baltazar, conhecido por “Palito”, terá disparado uma arma tipo caçadeira contra a filha e a ex-mulher (Sónia Baltazar e Maria Angelina Baltazar, que ficaram feridas) e duas familiares desta (a tia e a mãe, Elisa Barros e Maria Lina Silva, que morreram).

Além dos quatro crimes de homicídio qualificado (dois dos quais na forma tentada), o arguido está acusado de um crime de detenção de arma proibida e outro de violação de proibições ou interdições.

A leitura do acórdão já esteve marcada duas vezes, mas foi adiada devido a uma “alteração não substancial” dos factos relacionada com o número de disparos, que levou a que, na terça-feira, três peritos tenham sido ouvidos em tribunal para prestar alguns esclarecimentos.

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Um deles foi Luís Silva, elemento da PJ de Vila Real que recolheu vestígios dos crimes, ocorridos em Valongo dos Azeites, que confirmou a existência de quatro disparos, mais um do que admitiu Manuel Baltazar.

Durante o julgamento, o advogado Manuel Rodrigues tentou demonstrar que “Palito” atingiu inadvertidamente a filha, com o disparo que se destinava à ex-sogra.

Na terça-feira, durante as alegações complementares feitas após os depoimentos dos peritos, a procuradora do Ministério Público disse ter reforçado a convicção de que Manuel Baltazar “quis efetivamente matar ambas” e voltou a pedir a pena máxima de 25 anos de prisão.