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Música e desporto: será que combinam mesmo?

Este artigo tem mais de 5 anos

Auriculares nos ouvidos, a lista de música pronta e ténis nos pés para mais uma sessão de exercício físico. Depois é só carregar no "On" e mexer-se. Mas existe alguma desvantagem neste hábito?

Descubra como devem ser as músicas que o acompanham no exercício físico e as preferências do Observador
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Descubra como devem ser as músicas que o acompanham no exercício físico e as preferências do Observador

AFP/Getty Images

Descubra como devem ser as músicas que o acompanham no exercício físico e as preferências do Observador

AFP/Getty Images

O que têm todas estas músicas em comum? São as escolhas de quem não dispensa uma boa batida na hora de mexer o corpo. Entre a música e o desporto é difícil saber onde está o útil e o agradável. Mas será que é realmente um bom hábito?

Comecemos pelas coisas positivas.

De acordo com um estudo do Centro de Investigação de Música e Saúde da Universidade de Toronto, ouvir música enquanto se pratica desporto ajuda a aumentar a duração dos exercícios até 70%. Nesse período de tempo, o ritmo da música determina um lançamento de endorfinas no nosso sistema, o que nos dá uma sensação de bem estar, além de nos ajudar a mover mais e com maior intensidade.

Assim o esforço é interpretado como menor do que realmente é, favorecendo o metabolismo. E existe mais uma vantagem: o estímulo. Ao Observador, Joel Joaquim, especialista em Desporto e Bem Estar, realça que “na atividade física recreativa a música pode e deve ser utilizada como meio motivacional”. Com ele concorda Dinis Ferreira, professor de Educação Física e treinador de ginásio: “Veja-se que a corrida, por exemplo, é um movimento cíclico e pode-se tornar aborrecido sem um incentivo extra para os nossos ouvidos.”

Agora o outro lado.

Juan Francisco Marco, responsável pela investigação de Toronto, decidiu fazer um alerta numa entrevista à BBC: se não soubermos o quanto nos estamos realmente a cansar (e a música que ouvimos pode dar essa sensação), podemos colocar o organismo em perigo. A música tem esse feito principalmente em exercício aeróbicos: o estímulo que os ritmos oferecem é bom para o cérebro mas faz com que este não envie sinais de alerta para os músculos. É nestes casos que podem surgir desmaios, hipoglicemia e desidratação.

Outro alerta do investigador é a necessidade de adequar o ritmo da música ao exercício que se está a praticar. Quanto mais intensamente se quer treinar, mais o ritmo deve ser acelerado. Joel Joaquim explica que “se pretendemos realizar uma atividade mais vigorosa, então a melhor opção é uma música com mais batidas por minuto”, mas se o exercício for menos exigente, então a canção deve ser menos agitada.

Mas esse é um efeito que depende de cada um, porque “todos reagimos a vários estímulos de formas diferentes” e a música não é exceção, ressalva o professor Dinis, que acrescenta que a música deve também estar de acordo com os gostos individuais. É por este motivo que o investigador Juan Francisco Marco explica que não é boa ideia ouvir música em grupo enquanto se faz desporto: o rendimento em cada atividade depende das preferências e nem todos os atletas têm um gosto sequer semelhante.

Mais um alerta para quem tem os auriculares como fiéis companheiros de desporto: o volume tem de ser adequado, principalmente quando se está em competição ou é necessário ouvir os sons em redor para não correr perigo. O desportista Joel Joaquim explica porquê: além da concentração ser essencial para a obtenção de bons resultados e de um desempenho saudável, é necessário ter em conta “o impacto que tem na comunicação entre jogadores e treinadores”. Dinis Ferreira sublinha a importância da atenção durante a prática desportiva: “É fundamental manter o foco na realização de cada tarefa que desempenhamos, para que esta seja devidamente concretizada”, afirma.

Voltemos às coisas boas.

Na Suécia, um estudo que envolveu 252 atletas de alta competição sugeriu que os atletas que ouvem música têm respostas emocionais, motivacionais e desempenhos mais positivas do que aqueles que não têm esse hábito. E há vários exemplos: a Believe Perform recorda que Michael Phelps costuma ouvir hip-hop antes de entrar dentro de água e que James Cracknell não dispensa as músicas dos Red Hot Chilli Peppers.

Mas há seis aspetos que devem constar nas músicas escolhidas nessas ocasiões:

  • Ritmo forte e revigorante.
  • Letra cujos verbos se referem a movimentos e que recordam imagens positivas.
  • Marcação de ritmo em conformidade com o exercício em execução.
  • Melodias animadoras.
  • Ideias associadas à vitória, triunfo e inspiração.
  • Ritmos variados: se forem constantes quebram o ritmo do exercício.

Agora olhe para a lista de músicas com que corre e adapte-as às suas necessidades, tendo em conta ritmo, intensidade, sincronização, bem estar e regulação, diz o desportista Joel Joaquim. Porque como realça o professor Dinis Ferreira: “O melhor é sempre criar uma lista de acordo com o seu gosto musical e que satisfaça os nossos ouvidos”.

Texto editado por Filomena Martins

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