Enquanto vai somando apoios, Maria de Belém Roseira afirma que não quer fazer “fratura nenhuma no PS” e que não está “preocupada com as indiretas” que lhe mandam. Em declarações ao Expresso, a ex-presidente do PS que deverá assumir uma candidatura presidencial, apesar da direção do PS querer apoiar António Sampaio da Nóvoa, desdramatiza eventuais consequências divisionistas.

“Não estou a fazer fratura nenhuma no PS”, disse ao mesmo jornal, acrescentando em jeito de indireta ao ex-reitor da Universidade de Lisboa que “não pediu o apoio a ninguém”.

Maria de Belém Roseira, ex-ministra dos governos de António Guterres e que será primeira suplente da lista de candidatos a deputados do PS pelo círculo de Lisboa, optou, no entanto, por se remeter ao silêncio na sexta-feira à noite perante os jornalistas, que a questionaram no final da sessão de apresentação dos candidatos socialistas às próximas eleições legislativas no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Confrontada com os elogios que recebeu de Francisco Assis, que em declarações ao Observador disse que via a sua candidatura com “simpatia” e que seria uma boa candidata para cobrir a área política do centro-esquerda, Maria de Belém disse que não ouviu essas palavras. E não quis comentar: “Vim de Coimbra e estou aqui agora. Não ouvi nada. Este é o tempo das eleições legislativas, como sempre disse”, disse, recusando-se a fazer mais comentários.

O eurodeputado Francisco Assis afirmou na quinta-feira ao Observador que “vê com grande simpatia e amizade” a aparente disponibilidade da ex-ministra da Saúde, uma vez que não se “reconhece” em nenhum dos candidatos presidenciais que já estão no terreno, mas realçou que iria esperar pelo anúncio formal. “Faz falta uma candidatura de centro-esquerda”, disse ainda.

No PS, Maria de Belém conta com o apoio da ala segurista – foi presidente do partido a convite de António José Seguro.

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