Para manter os seus combatentes sob controlo, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) não deixa nenhum pormenor ao acaso. As vidas dos soldados são planeadas até ao mais ínfimo detalhe no “califado”, tudo para que não cometam blasfémias. O Observador dá-lhe a conhecer alguns exemplos baseando-se na lista do El Confidencial.

1. Matraquilhos decapitados

Os soldados do Estado Islâmico podem jogar matraquilhos. Mas com regras: durante o jogo é proibido dizer asneiras ou realizar apostas e os participantes não se podem distrair das suas obrigações para com Deus. Além disso, os próprios matraquilhos também têm uma particularidade – as cabeças dos bonecos são cortadas para que estes não possam ser idolatrados.

2. Apple banida do “califado”

Depois de proibir em dezembro todos os dispositivos que tivessem GPS no califado – devido ao risco de poderem denunciar a localização dos líderes ou dos ataques bombistas denotados por telemóvel –, o grupo terrorista decidiu alargar a proibição a todos os produtos da empresa Apple. Estes são considerados perigosos já que não há forma de os proteger de serem hackeados.

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3. Roupa contrafeita sim. Mas com regras

No “califado” do Estado Islâmico pode-se utilizar roupa contrafeita. Mas como a contrafação é castigada pelo Islão, os jihadistas decretaram que o nome e o logótipo da marca teria de ser do mesmo tipo de letra e tamanho do que no produto original, para que o consumidor não fique lesado de estar a comprar uma imitação. Contudo, o preço deve ser inferior ao de uma peça original.

4. Proibida pesca com explosivos, químicos ou veneno

Nos territórios do grupo terrorista é proibido pescar com explosivos (como dinamite), veneno ou químicos, e durante a época de reprodução dos peixes.

5. Sistema de saúde inspirado na sigla do britânico

O Estado Islâmico divulgou em abril um vídeo promocional dos hospitais da cidade de Raqqa na Síria, apelando a que médicos de todo o mundo se juntassem ao “califado”. No final do vídeo aparece um logótipo com a sigla ISHS referente ao “Sistema de Saúde do Estado Islâmico”, com as mesmas cores e tipografia do sistema nacional de saúde do Reino Unido.

6. Turismo aprovado com guias

O grupo terrorista abriu no seu território várias agências de viagem com a oferta, bem como a possibilidade de fazer tours de Raqqa até Mosul. Em “Um breve guia para o Estado Islâmico (2015)”, um documento de propaganda, a zona mais a sul das regiões sob controlo do EI é comparada a “um resort turístico de luxo”.

Recentemente, foi reaberto em Mosul – após ter sido remodelado – um hotel de luxo, onde poderá desfrutar da piscina e do campo de ténis. Tudo por 90 euros por noite. Contudo, não poderá utilizar o salão de dança nem o bar, e se não respeitar o código de vestir, ser-lhe-ão amputadas as extremidades.

7. Proibida a criação de pombas

Pode parecer bizarro, mas a criação de pombas é um passatempo comum no Médio Oriente, banido no Estado Islâmico. As razões prendem-se com motivos de segurança, já que os jihadistas acreditam que as aves podem ser usadas para passar mensagens a inimigos do grupo. Além disso, a prática também foi banida por se entender que o tempo empregue a criar as pombas deveria ser dedicado a Deus. Segundo testemunhas, três jovens já terão sido executados em janeiro por não cumprirem esta regra.