O Dia Calouste Gulbenkian será assinalado esta segunda-feira com entrada livre nos museus e atividades da fundação, como modo de recordar Calouste Gulbenkian, fundador da instituição, nos 60 anos da sua morte.

O Museu Calouste Gulbenkian e o Centro de Arte Moderna (CAM) terão entrada livre, a partir das 14h. Às 18h, será inaugurada a exposição “Olhos nos Olhos — O retrato na coleção do CAM”, na Galeria de Exposições Temporárias do Edifício Sede, com curadoria de Isabel Carlos.

O Prémio Calouste Gulbenkian 2015 será também entregue neste dia, numa cerimónia ao ar livre, pelas 19h00, no Anfiteatro. O galardão é atribuído anualmente a “uma instituição ou a uma pessoa, portuguesa ou estrangeira, que se tenha distinguido internacionalmente na defesa dos valores essenciais da condição humana”, sublinha a Fundação.

Antes, às 17h30, será feita a apresentação dos livros de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada “Calouste Gulbenkian. História de um homem invulgar e da sua fabulosa coleção” e “O Olhar Misterioso de Helena Fourment”, obra que remete para um quadro de Peter Paul Rubens, patente no Museu Gulbenkian, que retrata a mulher do pintor flamengo do século XVII (Helena Fourment).

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O Dia Calouste Gulbenkian encerra no jardim com um concerto da Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Jan Wierzba e o tenor Carlos Cardoso, como solista. Serão interpretadas obras de Manuel de Falla (“El amor brujo”), Charles Gounod (ária de “Romeo et Juliette”), Pietro Mascagni (Intermezzo, da “Cavalleria Rusticana”), Gaetano Donizetti (“Una furtiva lagrima”, de “L’elisir d’amore”), Giacomo Puccini (“Che gelida manina”, de “La bohème”) e Giuseppe Verdi (abertura e “La donna è mobile”, de “Rigoletto”).

“Olhos nos Olhos” mostra 140 retratos de artistas portugueses

De todas estas actividades, o destaque vai para a abertura da exposição “Olhos nos Olhos”, com 140 obras de retrato criadas em estilos artísticos que percorrem um século. Com curadoria da diretora do CAM, Isabel Carlos, a exposição ficará patente até 19 de outubro.

Amadeo, Almada, António Soares, Milly Possoz, Eduardo Viana, Francis Smith, Paula Rego, Dordio Gomes, Candido Portinari, Michael Andrews, Nikias Skapinakis, Pedro Cabrita Reis, António Areal, Gil Teixeira Lopes, Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny e Helena Almeida são alguns dos artistas representados.

A mostra propõe uma viagem pelo universo do retrato ao longo do século XIX e XX, com 140 obras “de várias filiações estéticas, desde o registo naturalista, assumido por artistas herdeiros do século XIX, até um registo de desconstrução próprio de grande parte da produção do século XX”. O título, “Olhos nos Olhos”, remete para o olhar do espetador, que fita o retratado, mas também para o olhar do artista, que observa o outro quando o retrata.

Serão ainda expostos vários autorretratos de alguns artistas considerados fundamentais da arte do século XX, como Ofélia Marques, Carlos Botelho, Abel Manta, João Hogan, Maria Beatriz, Ana Hatherly, José Dominguez Alvarez, José Escada, Frederico George, Mário Botas, Mário Eloy, Oscar Kokoschka, Artur Rosa, Victor Pomar e Victor Palla.