A saída da Grécia da zona euro, risco que ficou conhecido nos últimos meses como Grexit, continua a ser o cenário mais provável aos olhos de dezenas de economistas. Uma sondagem da Bloomberg junto de 34 economistas revelou que 71% dos inquiridos acreditam que o país estará fora da união monetária antes do final de 2016. Apesar do acordo com vista ao terceiro resgate, não será, portanto, surpreendente se voltarmos a ver este risco dominar as manchetes internacionais dentro de alguns meses.

Segundo a Bloomberg, 70% dos inquiridos nesta sondagem acreditam que não existe uma ameaça clara à permanência da Grécia na zona euro até ao final de 2015, ainda que quase metade dos economistas acredite que os 86 mil milhões de euros do terceiro resgate que está a ser negociado não chegarão para que a Grécia não volte a ter dificuldades de financiamento nos próximos anos.

Alexis Tsipras continua a promover a aprovação no Parlamento da legislação exigida pelos credores para que tenham lugar as negociações do terceiro resgate. Estas terão de ser concluídas nas próximas semanas porque os 7,2 mil milhões de euros do empréstimo intercalar que a Grécia recebeu da Europa não chegam para cumprir o pagamento de cerca de 3,2 mil milhões de euros em dívida que a Grécia tem de reembolsar ao BCE no dia 20 de agosto.

Ao mesmo tempo que avança com a legislação, contudo, o primeiro-ministro grego diz que não acredita nos méritos deste programa, pelos efeitos recessivos das medidas impostas. Essa falta de confiança de Tsipras no programa que o seu governo terá de começar a aplicar será um dos fatores que contribuem para a desconfiança dos economistas. Vários analistas acreditam que, perante a instabilidade dentro do partido Syriza, o país voltará a ter eleições legislativas no outono.

Também no próximo outono haverá eleições legislativas em Portugal (no final de setembro ou início de outubro) e em Espanha (em finais de dezembro).

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