As remessas enviadas pelos imigrantes lusófonos africanos em Portugal aumentaram 59,5%, enquanto as verbas enviadas pelos emigrantes portugueses nesses países diminuíram 4,7% em maio, divulgou o Banco de Portugal no boletim estatístico.

De acordo com o documento, as remessas dos imigrantes lusófonos em Portugal subiram quase 60% em maio, passando de 2,79 milhões de euros em maio do ano passado, para 4,45 milhões em maio deste ano.

Em sentido inverso, isto é, o dinheiro enviado pelos emigrantes portugueses nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), houve uma queda de 4,71%, tendo as remessas descido de 14,02 milhões para 13,36 milhões de euros em maio deste ano.

Em Angola, o país que mais influencia o saldo destas trocas entre Portugal e os PALOP, houve uma enorme subida de 173% no envio de verbas dos imigrantes africanos em Portugal, mas o valor é relativamente pequeno: em maio do ano passado foram enviados 710 mil euros, que em maio deste ano subiram para quase 2 milhões de euros.

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De Angola para Portugal, as verbas são significativamente maiores: os portugueses a trabalhar no país africano enviaram 12,48 milhões de euros em maio deste ano, mostrando uma descida de 5,67% face aos 13,23 milhões que tinham enviado há um ano.

As remessas de imigrantes e emigrantes do Brasil conheceram uma acentuada diminuição em maio: o dinheiro que os brasileiros em Portugal enviaram para o seu país diminuiu 16,9%, de 20,6 para 17,1 milhões de euros, ao passo que o dinheiro enviado para Portugal pelos emigrantes nacionais no Brasil desceu 31,5%, de 2,47 milhões para 1,69 milhões de euros.

No total dos países, houve uma subida das remessas dos emigrantes portugueses de 5,24% em maio, que reflete o aumento de 237,8 milhões para 250,3 milhões, este ano.

Pelo contrário, o dinheiro enviado pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal desce 11,8%, de 45,9 milhões para 40,5 milhões de euros, em maio deste ano.

Como de costume, a França e a Suíça continuam a ser os que mais contribuem para o bolo total das remessas dos emigrantes, com 84,2 milhões e 59,8 milhões, respetivamente.