A IKEA norte-americana não vai retirar os móveis do mercado. Ao contrário do que foi inicialmente avançado pela imprensa internacional, a empresa sueca não vai retirar das loja as cómodas Malm, que causaram a morte de duas crianças no ano passado nos Estados Unidos da América. Nem vai aceitar trocas dos móveis que foram comprados há mais de seis meses. Nem devoluções.

Na quarta-feira, a comissão de segurança do consumidor (CPSC) norte-americana lançou uma campanha de sensibilização com o objetivo de chamar a atenção dos consumidores para o perigo de não se fixar os móveis IKEA, especialmente para os mais pequenos.

No alerta divulgado pela CPSC, em parceria com a empresa, é referido que os consumidores devem “parar imediatamente de usar todas cómodas e arcas IKEA para crianças” que tenham mais de 60 centímetros de altura, até que estas estejam devidamente presas à parede. No mobiliário para adultos com mais de 75 centímetros a segurança também deve ser assegurada.

Maria João Franco, da IKEA, explicou ao Observador que esta se trata apenas de “uma campanha de sensibilização” realizada nos Estados Unidos e que os móveis não serão retirados das lojas. A responsável pela comunicação da empresa em Portugal salientou que todos as peças de mobiliário compradas na IKEA devem ser fixadas à parede, por questões de segurança. Todas as embalagens dos móveis da empresa sueca trazem um alerta que refere exatamente isso, garante.

A campanha de sensibilização, “por enquanto”, não se estenderá a Portugal. Apesar disso, para os móveis que não trazem as ferramentas necessárias para que sejam devidamente presos, a IKEA tem à disposição dos clientes kits que podem ser adquiridos gratuitamente nas lojas. Em relação às trocas ou devoluções, estas só podem ser feitas entre três a seis meses após a compra. Depois desse período, as peças não podem ser devolvidas.

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