A polícia turca lançou esta madrugada uma vasta operação em Istambul para deter alegados membros do grupo terrorista Estado Islâmico e dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), após uma onda de violência no país, segundo a imprensa.
Apoiada por helicópteros, a polícia realizou rusgas em várias zonas de Istambul, à procura de membros do Estado Islâmico, do PKK e de outros grupos de milícias.
A agência de notícias Dogan informou que foram feitas rusgas em 140 moradas em 26 distritos de Istambul, numa operação que envolveu 5.000 polícias. O número de detidos não foi avançado no imediato.
Além do Estado Islâmico e do PKK, a operação visava alegados membros do Movimento da Juventude Patriótica Revolucionária (YDG-H) e da Frente Partidária de Libertação do Povo Revolucionário (DHKP-C), segundo a agência de notícias Anatolia.
Esta madrugada três caças F-16 da força aérea turca bombardearam várias posições do grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI) em território sírio, depois de um confronto entre o exército turco e os ‘jihadistas’ na fronteira, anunciou o gabinete do primeiro-ministro turco.
O ataque, com a duração de 13 minutos, foi a primeira intervenção aérea de Ankara contra a milícia ‘jihadista’.
Na quinta-feira combatentes ‘jihadistas’ abriram fogo a partir da Síria contra um posto fronteiriço do exército turco na região de Kilis, matando um militar e ferindo dois outros soldados, segundo o estado-maior.
Também na quinta-feira, as autoridades norte-americanas comunicaram que a Turquia autoriza os Estados Unidos a usar bases aéreas do país, entre as quais a de Incirlik, no sul do território, como ponto de apoio nos ataques ao EI.
O anúncio da cooperação entre as forças turcas e norte-americanas surge três dias após o atentado suicida, atribuído ao grupo extremista, contra os ativistas pró-curdos em Suruç, no sul da Turquia, perto da fronteira síria, que fez 32 mortos e uma centena de feridos.