A Galp Energia lucrou 310 milhões de euros no primeiro semestre de 2015, mais 195 milhões do que no período homólogo, segundo um relatório enviado esta segunda-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado líquido RCA (‘replacement cost’ ajustado) foi impulsionado pela duplicação da produção no Brasil e melhoria das margens de refinação na Europa, justifica a petrolífera em comunicado. Os resultados RCA excluem eventos não recorrentes, como ganhos ou perdas na alienação de ativos, imparidades ou reposições de imobilizado e previsões ambientais ou de reestruturação que podem afetar a análise dos resultados da empresa e que não traduzem o seu desempenho operacional.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado do grupo totalizou 844 milhões de euros numa base RCA.

A produção total (‘working interest’) de petróleo e gás natural aumentou 59% no semestre, para 42,7 mil barris de óleo equivalente por dia (mboepd), com a produção no Brasil a duplicar. A produção líquida (‘net entitlement’), que contribui de forma mais direta para os resultados, aumentou 71%, atingindo 39,8 mboepd, travando o impacto da desvalorização do crude.

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Durante o semestre foram processados cerca de 56 milhões de barris de matérias-primas, mais 40% do que no período homólogo, que tinha sido afetado pela paragem geral planeada para manutenção da refinaria de Sines. Ainda no que diz respeito ao segmento de Refinação & Distribuição, o volume de vendas a clientes diretos registou um aumento de 2% face ao primeiro semestre de 2014, devido sobretudo ao aumento das vendas no segmento grossista (wholesale). As vendas de produtos petrolíferos em África representaram 8% do total.

A empresa, que conta com 1.437 estações de serviço ativas, adianta ainda que a abertura de postos em África compensou os encerramentos na Península Ibérica.

No segmento Gas & Power, a Galp adianta que as vendas de gás natural no primeiro semestre totalizaram 4.064 milhões de metros cúbicos, mais 4% do que no período homólogo, refletindo a evolução positiva das vendas a clientes diretos e do gás natural liquefeito (GNL) nos mercados internacionais. Entre janeiro e junho o investimento ascendeu aos 596 milhões de euros, dos quais 94% destinaram-se a atividades de exploração e produção, nomeadamente no campo Lula/Iracema, no Brasil.