O grupo Volkswagen ultrapassou a japonesa Toyota Motor na liderança mundial das vendas de automóveis nos primeiros seis meses do ano, o que coloca a fabricante alemã em boa posição para cumprir o seu objetivo – a liderança sustentada – três anos antes do objetivo. As fabricantes automóveis como a Volkswagen beneficiaram de um aumento da procura na Europa. O que, no caso da empresa alemã, permitiu compensar a desaceleração das vendas na China, país que tem sofrido uma quebra no crescimento económico e onde a Volkswagen tem enfrentado mais concorrência.

A Toyota anunciou esta terça-feira que vendeu 5,02 milhões de veículos no primeiro semestre, um pouco menos do que os 5,04 milhões que a Volkswagen tinha indicado há algumas semanas. As vendas de ambas as empresas caíram, porém, com as entregas a caírem 1,5% no caso da Toyota e 0,5% na Volkswagen, na comparação homóloga com o primeiro semestre de 2014.

Esta variação global esconde, contudo, que a Volkswagen aumentou as vendas na Europa Ocidental aumentaram mais de 6%. A Bloomberg nota que a procura por automóveis cresceu ao ritmo mais rápido dos últimos cinco anos e meio, o que mitigou o recuo da procura no mercado chinês, um mercado crucial para a Volkswagen mas onde a alemã tem enfrentado cada vez maior concorrência de fabricantes mais baratos, sobretudo no segmento dos utilitários desportivos (SUV).

Noutros mercados, a recuperação iniciada em 2009 está a dar sinais de abrandamento. É o caso do mercado russo e alguns países do Sudeste Asiático e da América do Sul. Mesmo nos EUA as vendas totais aumentaram 4,4% na primeira metade do ano, o ritmo mais lento desde o início da recuperação. O maior fator de preocupação é, contudo, a China, onde as vendas de veículos de passageiros caíram pela primeira vez em mais de dois anos. As dúvidas em torno da economia chinesa estão refletidas, também, na turbulência nos mercados financeiros daquele país.

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