O líder espiritual dos talibã – Mullah Mohammed Omar – foi morto há dois ou três anos, confirmou esta quarta-feira o Governo afegão e fontes dos serviços de informações. O líder terrorista mantinha uma relação próxima com Osama Bin Laden, e era o líder da organização terrorista Afghan Taliban (Talibãs Afegãos), parceira da Al Qaeda. A sua morte levanta questões sobre quem será o novo líder da organização, que se encontra neste momento a decidir se deverá ou não estabelecer uma aliança com o novo Governo do Afeganistão, escreve o Wall Street Journal.

No passado já tinham sido divulgados vários relatórios que indicavam a morte de Mullah Omar, mas só agora é que foi oficialmente confirmada. O grupo terrorista ainda não comentou. O líder estava dado como desaparecido deste outubro de 2011.

De acordo com um alto responsável do Governo afegão, o líder talibã morreu de doença há dois anos e foi enterrado no sul do Afeganistão, de onde era originário. Segundo a mesma fonte, citada pela France-Presse, quis manter-se no anonimato desde então.

Mullah Omar foi o responsável pela vitória dos terroristas talibãs sobre os militares afegãos durante a guerra civil travada no país, que ocorreu depois da retirada das tropas da União Soviética. A parceria com Bin Laden desencadeou a invasão das tropas norte-americanas ao Afeganistão em 2001, depois dos ataques às Torres Gémeas a 11 de setembro.

A recompensa pela captura de Mullah Omar ascendia aos 10 milhões de dólares, segundo o departamento de recompensas dos Estados Unidos.

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