As receitas da PT Portugal, que tem a Meo, caíram 7,1% no segundo trimestre, face a igual período do ano passado, anunciou o grupo Altice, a empresa que detém a operadora portuguesa.

Relativamente ao primeiro trimestre, as receitas recuaram 0,5%, adianta o grupo de Patrick Drahi, no comunicado de resultados da Altice, que desta vez já não integra as contas da Cabovisão e da Oni, empresas que vão ser alienadas devido à compra da PT Portugal.

O negócio do segmento empresarial recuou 8,1%, refere a Altice, adiantanto que isso se deve “à intensa concorrência e perda de clientes no setor de serviços financeiros”.

O grupo aponta ainda o “preço agressivo da concorrência” no segmento de pequenas e médias empresas (PME), que “representa perto de 60% do mercado empresarial português”.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da PT Portugal recuou 7,7% no segundo trimestre, face a igual período de 2014, para 225 milhões de euros, com uma diminuição de 0,3 pontos percentuais da margem EBITDA para 38,2%.

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A quebra do EBITDA é justificada na sua maioria pela queda das receitas no trimestre.

O investimento (Capex) aumentou 20 milhões de euros para 102 milhões de euros no trimestre como resultado da capitalização de uma taxa de aluguer de satélite. Excluindo este item, que apenas acontece uma vez em 10 anos, o Capex teria diminuído 20 milhões de euros.

O free cash flow operacional (fluxo de caixa) recuou 24% para 124 milhões de euros.

No final de junho, a PT Portugal contava com 6,189 milhões de clientes no móvel, dos quais 1,815 milhões eram de assinatura.

A receita média por cliente (ARPU) recuou 3,6% no móvel, mas subiu 3,7% no fixo.

As receitas do grupo Altice recuaram 2% no segundo trimestre para 3,906 milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 13% para 1,549 milhões de euros.