Apesar de não tomar parte no protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva (FRESS), a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua interessada em apoiar aquela instituição cultural. Uma fonte oficial daquele organismo disse ao Observador que, para já, não há novidades sobre o processo, mas que a Santa Casa ainda quer fazer parte do futuro da FRESS.

Em maio, o município, a Santa Casa e a Secretaria de Estado da Cultura (SEC) anunciaram que estavam em negociações para ajudar a FRESS a sair da delicada situação financeira em que se encontra depois do colapso do Grupo Espírito Santo (GES). Entretanto, tal como o Observador noticiou esta terça-feira, a câmara de Lisboa chegou-se à frente. Autarquia e fundação assinaram um protocolo que prevê a transferência de 150 mil euros para aquela entidade cultural, que engloba um museu, oficinas e escolas relativos às artes decorativas portuguesas (têxteis, faianças, mobiliário e pintura, entre outras).

Segundo o protocolo, “quer o Conselho de Curadores, quer o Conselho de Administração têm efetuado diversas diligências junto de entidades públicas e privadas (empresas e particulares), no sentido de tentar obter novos apoios, numa tentativa de estabilizar algum financiamento por esta via”. A Santa Casa da Misericórdia encontra-se estas entidades, mas até ao momento não há fumo branco.

Do Conselho de Curadores da fundação faz parte Maria João Bustorff, que foi ministra da Cultura do Governo de Pedro Santana Lopes, que hoje está à frente da Santa Casa. Também a vereadora da Cultura do município lisboeta, Catarina Vaz Pinto, integra este conselho, o que terá facilitado o desfecho agora alcançado.

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