O Banco Santander obteve lucros de 3,426 mil milhões de euros no primeiro semestre 2015, mais 24% face ao mesmo período de 2014, sobretudo graças aos três principais mercados do banco, Espanha, Reino Unido e Brasil. “Os resultados do primeiro semestre evidenciam a solidez e a recorrência do modelo Santander. O lucro cresce nos dez principais países onde operamos. A rentabilidade, a excelência operacional e a qualidade do crédito também melhoram”, indicou a presidente do Banco Santander, Ana Botín, numa nota enviada esta quinta-feira aos reguladores.

O crédito aos clientes do Santander cresceu 13,1%, para os 799,233 mil milhões de euros, ao passo que os depósitos subiram 11,4% (para 687,900 mil milhões) e os depósitos e fundos de investimento aumentaram 12% (alcançando 823,482 mil milhões de euros). Assim, as receitas do Santander cresceram 12% no primeiro semestre e os custos 11%, o que permitiu que a margem bruta tivesse crescido 11,9%. Conjugando com a contenção de custos realizada pela entidade, a margem líquida subiu 12,9%.

Uma vez que o Banco Santander também começou a reduzir as dotações para insolvências (mais altas nos últimos anos devido à crise), as provisões desceram 5%, o que contribui para os lucros de 3,426 mil milhões de euros. O Santander acrescenta que o crescimento da atividade e das receitas foram puxados também pelo “impacto favorável dos taxas de câmbio, especialmente pela depreciação do euro face ao dólar e à libra”.

O negócio do banco em Espanha contribuiu com 771 milhões de euros para os resultados globais, ou seja 50% mais do que no ano passado. Na divisão espanhola, as dotações para insolvências caíram 37%, o que foi essencial para o lucro obtido.

O maior mercado do grupo Santander continua a ser o Reino Unido (com lucros de 1,029 mil milhões de euros), seguido do Brasil (com 1,007 mil milhões de euros). Entre as dez principais geografias onde o Santander está presente, Portugal registou o segundo maior crescimento percentual interanual (+44%), para os 107 milhões de euros.

No segmento do crédito, a carteira totaliza 826,707 mil milhões de euros, ou 13% mais, com um aumento de 65 mil milhões no período em apreço, de janeiro a junho. Em Espanha, a carteira de crédito é de 161,357 mil milhões de euros, praticamente o mesmo que no final de junho de 2014.

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