A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) tenciona abrir delegações em Timor e Seul ainda este ano e em Mumbai e Cazaquistão até ao final de 2016, anunciou o presidente, Miguel Frasquilho.

“A Ásia continua a ser a zona do mundo com maior dinamismo económico e por isso justifica-se o reforço da nossa presença”, disse Miguel Frasquilho à agência Lusa na sexta-feira à noite, quando estava a concluir uma visita de quatro dias à China.

Na Ásia, além das suas três delegações na China (Pequim, Xangai e Macau), a AICEP está representada no Japão, Arábia Saudita, Índia (Nova Deli), Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Tailândia e Singapura.

Durante a sua visita à China, o presidente da AICEP encontrou-se com investidores chineses em Xangai e visitou a sede da multinacional Huawei, em Shenzhen, onde um grupo de 12 estudantes portugueses terminou um curso de formação de duas semanas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Constatei que temos em Portugal estudantes de excelente nível de qualidade”, salientou Miguel Frasquilho.

Os estudantes, oriundos do Instituto Superior Técnico, Universidade de Aveiro e Instituto Politécnico de Leiria, foram os primeiros abrangidos pelo protocolo de cooperação assinado em 2014 entre a AICEP e a Huawei, e que vigora durante cinco anos.

Miguel Frasquilho disse ficado “muito bem impressionado” e “entusiasmado” com os contactos com os investidores chineses.

“Em breve podemos ter boas notícias”, afirmou, sem adiantar pormenores.

Quanto à abertura de uma ligação direta entre Portugal e a China, o presidente da AICEP respondeu: “Estamos a avançar. A ideia está cada vez mais perto de se concretizar”.

Pelas contas chinesas, nos últimos três anos, as exportações portuguesas para a China mais do que duplicaram, ultrapassando os 1.600 milhões de dólares em 2014.

A China tornou-se também um dos maiores investidores em Portugal, estimando-se em cerca de 10.000 milhões de euros o montante de capital chinês investido na economia portuguesa desde que a China Three Gorges ganhou o concurso para a privatização de 21,35% do capital da EDP, em dezembro de 2011.

“Ao nível do investimento e no plano comercial, as relações económicas entre Portugal e a China nunca foram tão fortes como agora. A China está entre os 10 principais parceiros comerciais de Portugal e tem vindo a subir de ano para ano”, disse Miguel Frasquilho.

Segundo também realçou, Portugal e China “têm uma relação baseada na confiança mútua, que é o mais importante que pode existir, e essa relação é para continuar”.