Os oito arguidos de envolvimento em tráfico de pessoas ficam detidos em prisão preventiva, mas quatro podem ficar em casa com pulseira eletrónica, se houver condições para isso, anunciou o Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Estas medidas de coação foram decididas pelo juiz que ouviu os oito arguidos, “detidos em flagrante delito”, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, no (DCIAP), “onde se investigam crimes de associação criminosa, tráfico de pessoas, falsificação de documento, ameaça e ofensa à integridade física”.

Estas medidas foram decididas “com fundamento na existência dos perigos de perturbação do inquérito e de continuação da atividade criminosa”, conforme um comunicado distribuído sobre o assunto.

Em causa está a angariação de cidadãos oriundos do Nepal, Bangladesh, Paquistão, Índia e Tailândia para trabalharem em explorações agrícolas portuguesas.

Ainda segundo o texto do DCIAP, “aliciados com a promessa de um contrato de trabalho formalmente legal, os trabalhadores acabavam por ser forçados a viver em locais com condições de habitabilidade e higiene precárias e a trabalhar mais do que o inicialmente acordado, sem a correspondente remuneração”.

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