Numa emocionante revelação publicada este domingo na sua página de Facebook, o fundador da rede social mais usada no mundo, Mark Zuckerberg, anunciou que ele e a sua mulher Priscilla Chan estão à espera de uma menina. Para além desta novidade, o CEO do Facebook quis partilhar uma outra: nos últimos dois anos, enquanto tentavam ter um filho, o casal passou por três abortos espontâneos. Com esta revelação Zuckerberg pretende ajudar a derrubar o tabu sobre esta realidade, abrindo o debate sobre esta experiência dolorosa pela qual muitos casais passam em silêncio.

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“Sentimo-nos tão esperançosos quando sabemos que vamos ter um filho. Começamos imediatamente a imaginar em quem é que eles se tornarão e nos sonhos para o seu futuro. Começamos a fazer planos e depois eles desaparecem. É uma experiência solitária. A maioria das pessoas não fala sobre os abortos espontâneos porque ficam preocupadas que esses problemas os alienem ou se reflitam neles – como se elas tivessem algum defeito ou tivessem feito algo para causar isso. Então sofrem sozinhas”, escreveu Mark Zuckerberg no Facebook.

“No mundo aberto e conectado em que vivemos hoje, discutir estas questões não nos distancia: aproxima-nos. Cria compreensão e tolerância, e dá-nos esperança. Quando começámos a falar com os nossos amigos, apercebemo-nos do quão frequentemente [os abortos espontâneos] aconteciam – de que muitas pessoas que nós conhecíamos tinham tido problemas semelhantes e que depois, quase todas tinham tido crianças saudáveis.”

A revista Forbes dá razão a Zuckerberg: os abortos espontâneos são muito mais frequentes do que se pensa, mas quase ninguém fala sobre eles. De acordo com um estudo publicado em junho na revista académica Obstetrics & Gynecology sobre a perceção pública dos norte-americanos sobre os abortos espontâneos, em 1.000 pessoas, cerca de 25% passavam por essa situação. Contudo, a maioria dos inquiridos acreditava que o fenómeno era bastante raro, acontecendo apenas em 5% dos casos.

“Esperamos que ao partilhar a nossa experiência consigamos dar a mais pessoas a mesma esperança que sentimos e que ajudemos a que mais pessoas também se sintam confortáveis a partilhar as suas histórias”, rematou o CEO do Facebook.

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