Rui Lucena Marques foi detido no aeroporto de Lisboa, na quinta-feira, por suspeita dos crimes de peculato e abuso de poder.

O ex-administrador da CP/Fernave (empresa participada da CP, que se foca na formação de quadros técnicos), e atual quadro da empresa, terá beneficiado de 100 mil euros através de um acordo de cooperação para a formação de maquinistas, com Angola, avança a SIC-Notícias esta manhã.

Ouvido pelo juiz de instrução, num primeiro interrogatório, o ex-presidente fica “proibido do exercício de funções de administrador, gestor ou diretor de empresas públicas” confirma a Procuradoria-Geral da República ao Observador.

Lucena Marques está ainda impedido de sair de Portugal, “com obrigação de entrega imediata do passaporte”. O ex-administrador terá pago também uma caução no valor de 37 mil euros.

A investigação está a cargo do Ministério Público e da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ. Nas buscas, as autoridades apreenderam diverso material ligado aos crimes em questão, explica a PJ em comunicado.  A investigação “prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento total das responsabilidades criminais dos envolvidos”, acrescenta.

À Agência Lusa, a PJ avança que haverá mais pessoas envolvidas em ações de formação, tanto em Portugal como em Angola, que ainda estão a ser investigadas.

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