Já há data marcada para o primeiro frente-a-frente entre Pedro Passos Coelho e António Costa. O debate televisivo entre os líderes dos dois principais partidos vai acontecer a 9 de setembro e será transmitido em direto pelos três canais generalistas – RTP, SIC e TVI.

Uma semana depois, a 17 de setembro, novo encontro marcado entre Passos e Costa, desta vez radiofónico e transmitido em simultâneo na Antena 1, Renascença e TSF. Numa primeira fase, chegou a ser avançado que o primeiro debate entre ambos iria acontecer primeiro nas rádios.

O debate entre os cabeças de lista das forças partidárias com assento parlamentar é que continua a ser negociado. Chegou a ser dada como certa a data e as presenças: seria dia 22, e nem Heloísa Apolónia, d’Os Verdes, nem – e sobretudo – Paulo Portas, líder do CDS e parceiro da coligação governamental que disputará eleições em conjunto, marcariam presença.

O debate seria assim a quatro, entre Jerónimo, Passos, Costa e Catarina Martins a 22 de setembro, a poucos dias das eleições. Mas, segundo revelou uma fonte do PSD ao Observador, nada está ainda definido. “Falta acertar as condições” em que vai acontecer esse debate.

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Existe um aparente consenso em relação à data de 22 de setembro, mas os partidos e os responsáveis pelas televisões ainda vão ter de acertar agulhas em relação aos líderes partidários que vão participar nesse debate. Ou seja, a presença de Paulo Portas não está completamente excluída.

Certo é que os socialistas sempre rejeitaram a participação do líder do CDS nos debates, alegando que, estando coligado com Passos, a coligação estaria duplamente representada.

CDS acusa o PS de ter feito “birra” e de estar com “medo”

Os centristas já reagiram ao afastamento de Paulo Portas dos debates eleitorais. “É no mínimo anómalo que o PS critique o CDS e o seu líder dia sim dia sim, e depois recuse debater democraticamente com ele”, começou por dizer fonte da direção dos democratas-cristãos. “No fundo, o PS ataca o CDS mas tem um qualquer receio de debater com o CDS os factos e os argumentos. Em bom português, a posição do PS de recusar debates com o líder do CDS é toca e foge: ataques a solo, sim; confronto direto e cara a cara, nem pensar. De que tem medo o PS?”, perguntam os centristas.

O CDS vai mais longe e acusa os socialistas de se acharem “donos das televisões e dos debates” e de quererem, ao fazer esta “birra”, tentar “condicionar os debates propostos pelas televisões”.

“Há uma deriva de controleiros nesta relação do PS com a comunicação social, e há uma deriva de arrogância na relação do PS com os adversários políticos. A recusa do PS em aceitar os debates propostos pelas televisões é preocupantemente parecida com a vontade do líder do PS de acabar com os debates quinzenais na Assembleia da República. Em ambos os casos é uma visão monocórdica da democracia que está em causa”, criticam ainda os centristas.

Artigo atualizado às 20h10