O Santander Totta apresentou esta terça-feira uma subida de 29,2% nos lucros do primeiro semestre, para 103,6 milhões de euros. António Vieira Monteiro, presidente do banco, diz que estes são “resultados de qualidade, recorrentes, obtidos em Portugal e sem venda de dívida pública”.

Os resultados foram comunicados esta terça-feira à Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) e estão a ser apresentados pela gestão do banco em conferência de imprensa.

António Vieira Monteiro congratulou-se pelos resultados obtidos pelo banco, apoiados no aumento da margem financeira (diferença entre o custo de financiamento e os juros cobrados). Numa “indireta” aos outros bancos nacionais, que voltaram a contar com as mais-valias na venda de parte da carteira de dívida pública, António Vieira Monteiro disse que estes são “resultados de qualidade, recorrentes, obtidos em Portugal e sem venda de dívida pública”.

O Observador debruçou-se sobre esta questão da dívida pública e a importância que continua a ter para os resultados dos bancos neste trabalho.

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A margem financeira do banco aumentou 5,8% para 283,4 milhões, as comissões líquidas ficaram praticamente inalteradas em 133,7 milhões e os resultados com operações financeiras desceram quase 70% para 25 milhões de euros.

O banco aumentou em 3,3% a concessão de crédito às empresas, na comparação anual, e em 2,2% face ao trimestre anterior. O Santander Totta beneficiou, ainda, de menores provisões constituídas para compensar crédito malparado. Estas desceram 43% para 65,7 milhões de euros.

Na destrinça por trimestre, o Santander Totta teve lucros de 50 milhões de euros no segundo trimestre, contra os 38 milhões no segundo trimestre de 2014.

António Vieira Monteiro elegeu, também, os problemas na Grécia como o principal risco para o setor financeiro nos próximos meses. O presidente do Santander Totta diz que não irá “preocupar-se em demasia” com as eleições legislativas. Quanto ao Montepio: “estamos a seguir com atenção. Nada mais”, afirmou.