A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) escreveu nesta quarta-feira uma carta aberta aos interessados no Novo Banco sublinhando a “importância de uma solução” para aqueles que “depositaram a confiança e o seu dinheiro no ex-BES”.

O texto, que a agência Lusa consultou, é endereçado aos grupos chineses Fosun e Anbang e ao fundo norte-americano Apollo, que têm sido referidos pela Comunicação Social como os selecionados para a fase final de propostas para a compra da instituição.

A associação de lesados frisa que, “ainda hoje, os clientes continuam à espera da devolução das respetivas poupanças”, dizendo acreditar numa “solução justa” para o problema.

Os clientes pedem aos interessados no Novo Banco para não acreditarem na ideia de que os lesados se vão “cansar de lutar” e acrescentam: “Se vos disseram que os clientes do papel comercial não têm o direito a ser reembolsados pelo Novo Banco ou por quem o vier a comprar, não acreditem!”.

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O Novo Banco foi capitalizado com 4.900 milhões de euros por parte do Fundo de Resolução bancário: 3.900 milhões foram emprestados pelo Estado e o restante por vários bancos a operar em Portugal e por capitais do próprio Fundo de Resolução.

A entidade foi entretanto posta à venda, havendo atualmente três interessados que terão até sexta-feira para melhorar as suas propostas.

A “melhor” proposta, dizem os indignados do papel comercial, terá de fazer parte da solução e não continuar a perpetuar a mentira e o esbulho das poupanças dos clientes que acreditaram no sistema bancário”.