Cerca de 30 cientistas norte-americanos, incluindo especialistas em energia nuclear e laureados com o Nobel, saudaram o acordo iraniano como grande conquista no domínio da segurança numa carta a Barack Obama, revelou este sábado o jornal New York Times.

A missiva, de duas páginas, com 29 assinaturas, incluindo de alguns dos mais prestigiados especialistas do mundo em matéria nuclear, surge numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta convencer o Congresso, controlado pelos republicanos, a aceitar o histórico acordo, alcançado em meados de julho, em Viena, entre Teerão e as potências mundiais.

O acordo “vai fazer avançar a causa da paz e da segurança no Médio Oriente e pode servir como um guia para futuros acordos de não-proliferação”, refere a carta.

Além disso, tem “restrições mais severas do que as de qualquer outro acordo sobre a não-proliferação que possa ter sido negociado no passado”, argumentam os cientistas.

Entre os signatários da missiva figuram Sheldon Glashow, da universidade de Boston, Frank Wilczek do prestigiado MIT (Massachusetts Institute of Technology), Leon Cooper, da universidade Brown, David Gross, da universidade da Califórnia e Burton Richter, da universidade de Stanford, todos laureados com o prémio Nobel.

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Barack Obama sofreu esta semana um duro golpe, com o anúncio do senador democrata Chuck Schumer, a voz mais influente da comunidade judaica no seio do Congresso e acérrimo pró-Israel, de que vai opor-se ao acordo nuclear iraniano.

O Congresso dos Estados Unidos deve votar uma primeira resolução contra o acordo em setembro.

Esta deve ser depois vetada por Obama, mas o Congresso pode anular tal veto — e ‘matar’ o acordo com o Irão — com uma maioria de dois terços, tanto no Senado, como na Câmara dos Representantes.