O incêndio que deflagrou na zona de Semide, concelho de Miranda do Corvo, está a progredir com intensidade e “ameaça algumas casas”, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.

As chamas tiveram origem em povoamento florestal, perto de Vale de Colmeias, na freguesia de Semide, concelho de Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, lavrando com forte intensidade pelas 18:15, adiantou a mesma fonte.

De acordo com a página na internet da Autoridade Nacional da Proteção Civil, o fogo era combatido às 16h45 por 105 operacionais, auxiliados por 26 veículos e dois meios aéreos.

Fogo na Serra da Estrela obriga a evacuar Parque de Campismo do Pião

Ao início da tarde, as chamas que ameaçam a Serra da Estrela obrigaram à evacuação do Parque de Campismo do Pião, no concelho da Covilhã, disse à agência Lusa o oficial de relações públicas da GNR de Castelo Branco.

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“O parque foi evacuado por uma questão de precaução, ou seja, pediu-se às pessoas que ali estavam que fossem abandonando o local”, disse o oficial da GNR, major Luís Patrício.

De acordo com a informação disponibilizada na página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, este incêndio no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, está a ser combatido por 165 operacionais, auxiliados por 46 meios terrestres e cinco meios aéreos.

Fogo de Vila Nova de Cerveira quase a chegar a Caminha

Mais a norte, o incêndio florestal que deflagrou no sábado em Vila Nova de Cerveira ameaça estender-se ao concelho vizinho de Caminha, tendo “já atravessado o rio Coura”, disse este domingo à Lusa a proteção civil.

Em declarações à agência Lusa, o segundo comandante distrital de Santarém, José Guilherme, responsável pelas operações de combate ao incêndio, explicou que a “nova progressão” foi provocada “por uma alteração de ventos”.

“O fogo acaba de passar o rio Coura e dirige-se para a freguesia de Arga de Baixo (Caminha), encontrando-se a cerca de quatro a cinco quilómetros dessa localidade”, disse o comandante, adiantando que o incêndio tem uma frente com cerca de dez quilómetros de extensão, mas que “no momento, não há habitações em risco ou ameaçadas pelas chamas”.

Segundo José Guilherme, o trabalho dos bombeiros tem sido “muito dificultado” por “vários condicionantes”, destacando “a falta de acessos, de ordenamento do território, da orografia do terreno, dos ventos que se fazem sentir na serra e das elevadas temperaturas e baixa humidade”.

Questionado pela Lusa, o responsável escusou-se a fazer previsões sobre quando terá o fogo dominado.

O presidente da Câmara de Caminha disse à Lusa que as duas corporações de bombeiros do concelho estão posicionadas no terreno para impedir a progressão das chamas.

“Já temos todos os efetivos dos bombeiros de Caminha e Vila Praia de Âncora no terreno para fazer frente às chamas que além de Arga de Baixo ameaçam entrar em Vilar de Mouros”, explicou Miguel Alves.

O autarca adiantou também ter o responsável municipal da proteção civil a acompanhar a situação, e já ter contactado os presidentes de Junta das freguesias ameaçadas.

Segundo a informação disponível na página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o combate às chamas neste incêndio mobilizava às 15h00, cerca de 163 bombeiros, apoiados por 51 viaturas e quatro aviões, dois médios e dois pesados.

No concelho de Monção, o fogo que deflagrou sábado cerca das 11h51, na freguesia de Longos Vales, foi dado como dominado cerca das 06h30.

Ainda segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, um outro incêndio, que deflagrou sábado cerca das 22h56, na freguesia de Messegães, Valadares e Sá mobilizava às 15h00 deste domingo 79 bombeiros, apoiados por 24 viaturas.

O fogo, com três frentes ativas, que lavra em zona de mato está ainda a ser combatido por um helicóptero pesado, e dois aviões médios.

De acordo com a página da Proteção Civil, às 15h00 estavam 27 incêndios em curso em Portugal Continental pelas 14h00 e desde as 00h00 deste domingo ocorreram 219 fogos.