O primeiro-ministro e o presidente do Parlamento da Guiné-Bissau encontram-se no aeroporto da capital a aguardar a chegada ao país do Presidente guineense, José Mário Vaz, depois de uma semana de crise política iminente.

Uma reunião do Conselho de Estado foi interrompida na sexta-feira quando José Mário Vaz, foi convidado a reunir-se com os chefes de Estado do Senegal, Macky Sall, e Guiné-Conacri, Alpha Condé.

Os líderes dos países vizinhos foram mandatados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para evitar um novo episódio de instabilidade política na Guiné-Bissau, anunciou o membro do Conselho de Estado e porta-voz do órgão, Vítor Mandinga.

A tensão cresceu depois de divulgada a possibilidade de José Mário Vaz demitir o Governo alegando dificuldades de relacionamento com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e por discordar de algumas medidas do Executivo.

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Num comunicado na noite de sexta-feira, a Presidência guineense remeteu uma decisão para depois da reunião do Conselho de Estado.

Fonte do palácio presidencial disse à Lusa desconhecer quando deverá ser retomado o encontro.

Junto ao aeroporto há grupos de apoiantes do Presidente da República e do primeiro-ministro, com camisolas e tarjas de apoio, a trocar apupos e palavras de ordem a favor de um e de outro.

A chegada de José Mário Vaz já esteve marcada para sábado e para vários momentos do dia de hoje, mas a espera continua.

O primeiro alerta sobre a possibilidade de o chefe de Estado derrubar o Governo foi lançado pelo presidente do Parlamento, Cipriano Cassama, na quarta-feira, seguindo-se uma declaração ao país em que o líder do Executivo assumiu a possibilidade – entretanto veiculada por diversas fontes diplomáticas e outras que se reuniram com Vaz ao longo da semana.