Pelo menos 48 pessoas foram burladas este ano ao tentarem arrendara casas para férias através da internet, revelou esta quarta-feira a GNR. A maior parte das burlas ocorre no Algarve, envolvendo quantias entre os 200 e os dois mil euros.

Em resposta a questões da agência Lusa, a GNR revelou que, até 5 de agosto, foram registadas 48 queixas de pessoas que se sentiram lesadas no arrendamento de casas para férias. Metade destas ocorrências verificou-se em julho, e, nos primeiros cinco dias de agosto, foram registados mais seis casos. A maior parte das queixas registadas este ano ocorreram nos distritos de Faro (19), de Aveiro (seis) e de Braga (quatro).

“Para realizar este tipo de burla, os suspeitos publicam anúncios de arrendamento de imóveis a preços apelativos, em sítios da internet, podendo algumas dessas publicações ser acompanhadas por fotografias de imóveis reais, apesar da situação de arrendamento ser falsa”, explicou a GNR.

De acordo com esta força de segurança, as vítimas são normalmente pessoas que procuram imóveis para arrendar no período de férias através da internet. As vítimas encontram o imóvel pretendido, efetuam “o contacto telefónico para um número que se encontra disponível no sítio do anúncio”, altura em que lhe é pedido que transfira um determinado valor monetário como “sinal” para uma conta bancária, através de um Número de Identificação Bancária (NIB).

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“A vítima só percebe que foi burlada quando tenta efetuar um contacto para o número de telefone do suspeito, verificando que o número deixou de estar ativo, ou quando pretende recolher a chave da habitação e ninguém aparece ou quando chega à morada que lhe foi fornecida, verificando que esta não existe”, salientou.

Na maioria dos casos, de acordo com a GNR, “o valor depositado (como sinal) ronda os 200 euros, mas existem casos em que este valor chegou perto dos dois mil euros, situações em que as vítimas pagaram a totalidade do arrendamento”. A GNR destacou ainda que, “na prática, tem sido possível identificar diversos suspeitos deste tipo de crime através dos NIB e números de contas bancárias fornecidas”.

Em termos comparativos, nos últimos cinco anos, 2014 foi o que teve mais denúncias, num total de 87. Em 2011, a GNR registou um total de 45 destes crimes, em 2012 assinalou 74 e em 2013 investigou 67. Desde 2000, Faro foi sempre o distrito com maior número de queixas, mas também Aveiro, Setúbal e Braga estão entre os distritos com mais incidências.