As autoridades policiais constituíram desde o início do ano 65 arguidos por suspeitas do crime de incêndio, dos quais 34 ficaram em prisão preventiva, segundo dados da PJ hoje fornecidos à agência Lusa.
De acordo com a Polícia Judiciária, 60 homens e cinco mulheres foram constituídos arguidos por suspeitas do crime de incêndio entre 1 de janeiro e terça-feira desta semana.
Os dados do Gabinete Permanente de Acompanhamento e Apoio (GPAA), que funciona na PJ de Coimbra, indicam que ficaram em prisão preventiva 32 homens e duas mulheres.
Além dos 65, já foram constituídos mais dois arguidos, suspeitos de terem ateado fogos em Penacova e Tábua, distrito de Coimbra.
O último relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que, entre 01 de janeiro e 31 de julho, registaram-se 10.340 ocorrências de fogo, que resultaram em 28.781 hectares de área ardida.
O número de incêndios florestais mais do que duplicou este ano e a área ardida mais do que triplicou em relação ao mesmo período de 2014, segundo o documento, que ainda não contempla os dados dos incêndios de agosto.
O ICNF adianta que os 2005 e 2012 são os dois anos, da última década, que registaram valores de área ardida superiores aos registados em 2015, nos períodos homólogos.
Em agosto registaram-se 2.281 ocorrências, segundo as estatísticas da Autoridade Nacional de Proteção Civil.