Será que existe mesmo uma ligação entre videojogos violentos e comportamentos mais agressivos por parte dos jogadores? A Associação Americana de Psicologia (APA) juntou-se agora à discussão. E diz que sim. Segundo a instituição norte-americana, jogar videojogos violentos pode resultar numa maior agressividade do jogador, embora não existam provas suficientes que liguem este tipo de jogos a condutas criminosas. A notícia está a ser avançada pela revista Time.

Em 2011, Christopher Ferguson — professor associado e chefe do departamento de Psicologia da Universidade de Stetson, na Florida Central (E.U.A.) — escrevia na Time que “os videojogos não tornam as crianças violentas”. Cerca de três anos depois, a mesma publicação citava um novo estudo que referia que “horas de exposição a multimédia de cariz violento, tal como videojogos, pode fazer com que as crianças reajam de forma mais hostil”.

Agora, a APA veio fazer a revisão de mais de uma centena de estudos sobre o tema, publicados entre 2005 e 2013. A conclusão é que os videojogos violentos diminuem a empatia e a sensibilidade para a agressão e, do mesmo modo, estão ligados a pensamentos e a um comportamento mais agressivo.

Para o grupo de trabalho liderado por Mark Appelbaum, a relação causal entre ambos parece ser evidente. Não há, no entanto, um fator específico que conduza os jogadores à violência ou à agressão. No entanto, a APA indica que os videojogos violentos devem ser vistos como um fator de risco.

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