A razia nas ações das empresas chinesas continua, com a Bolsa de Xangai a cair mais de 6%. É a maior queda das últimas três semanas, numa altura em que os investidores estão menos esperançados que o Governo chinês intervenha de forma decisiva para estancar os receios.

Por cada empresa que viu as suas ações valorizar no mercado, 35 terminaram o dia a cair. No final, o Shanghai Composite Index caiu 6,2%, com mais de 600 empresas a verem as suas ações a caírem o máximo de 10% permitido a cada dia pela Bolsa.

O Shenzen Composite Index também perdeu quase 6,6%, numa altura em que os investidores têm menos esperança que o Governo chinês intervenha para estancar a sangria através de uma redução do valor das reservas exigida às instituições de crédito, depois de se saber que os preços das casas voltaram a subir e que o banco central injetou dinheiro no sistema através das operações regulares de cedência de liquidez.

A instabilidade na Bolsa chinesa já dura há cerca de dois meses e tem provocado ondas de choque nas principais bolsas mundiais. Depois de um período de sobrevalorização, os mercados chineses entraram em queda livre. Ainda assim, apesar das quedas pronunciadas, o principal índice da Bolsa de Xangai continua com uma valorização só este ano acima dos 20%. No caso de Shenzen, mesmo com todas as perdas que tem vindo a acumular, este índice está a registar ganhos de quase 63% este ano.

Na Europa, o efeito de mais uma queda chinesa, e dos receios em torno do fraco crescimento chinês, estão a pressionar os principais índices europeus.

Londres, Paris, Frankfurt, Madrid e Milão começaram o dia no vermelho, com quedas ente os 0,33% e os 0,48%. Só Atenas registava ganhos esta manhã, ainda que muito ligeiros (0,02%) numa altura em que se fecham os procedimentos para o terceiro resgate e depois de ter sofrido grandes quedas graças à instabilidade recentemente no país.

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