Uma equipa de mais de 10 pessoas, um mês de planeamento, um estrangeiro como principal suspeito, mas sem ligações a qualquer grupo terrorista internacional, é o que a polícia tailandesa sabe até agora sobre os responsáveis pela explosão num templo no centro de Banguecoque, que causou 20 mortos e mais de 100 feridos.

“Esta explosão foi planeada por equipas. (…) Penso que a rede está ligada a pessoas na Tailândia…mais de 10 pessoas estiveram envolvidas”, explicou o chefe da polícia tailandesa, Somyot Poompanmoung, aos jornalistas.

O mesmo responsável acredita que o ataque deverá ter demorado pelo menos um mês a planear, enquanto os militares descartam que se trata de uma rede terrorista internacional, numa altura em que ainda ninguém reivindicou o ataque.

Segundo o porta-voz da junta militar, é muito improvável que tenha sido um grupo terrorista internacional o responsável por este ataque. O coronel Winthai Suvaree, que fazia uma atualização do caso na televisão, garantiu ainda que os turistas chineses que morreram no ataque não eram o alvo direto dos terroristas.

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Morreram 13 estrangeiros neste ataque, oriundos da China, Hong Kong, Indonésia, Malásia e Singapura. Um dos turistas de Hong Kong também tinha passaporte britânico.

Esta quinta-feira permaneciam no hospital 67 pessoas feridas na explosão e 56 já tinham tido alta médica.

A insegurança instalada levou mesmo o primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, a cancelar a sua presença numa cerimónia em honra das vítimas. O governante teme pela sua vida e foi aconselhado pelo seu corpo de segurança pessoal a não comparecer, justificando-se com a segurança dos restantes.

“Não tenho medo de morrer mas tenho medo que outros morram comigo já que o risco que corro aumento de dia para dia”, disse o primeiro-ministro.