Várias centenas de migrantes romperam hoje as linhas policiais macedónias na fronteira com a Grécia, divulgou a BBC na sua página de notícias na Internet.

De acordo com a BBC, há relatos de que a polícia macedónia fez disparos de granadas de ruído, para conter os migrantes.

Um grande número de migrantes — a maioria refugiados da guerra na Síria –, nos últimos dias, tem-se concentrado na fronteira da Grécia.

Os migrantes têm por objetivo atravessar a Macedónia, a Sérvia e Hungria, que faz parte da União Europeia – permitindo a circulação sem ter de se apresentar documentos nas fronteiras -, para chegarem ao norte da Europa.

A Macedónia fechou as fronteiras do sul do país e declarou estado de emergência.

As forças de segurança macedónias estavam hoje a deixar entrar centenas de migrantes, que embarcariam em comboios para a Sérvia e outras localidades da Europa.

A entrada dos migrantes estava a ser determinada pelas autoridades, segundo os horários de partida dos comboios.

Os migrantes, porém, quebraram a barreira policial, quando as autoridades deixaram passar um pequeno grupo de crianças, de acordo com relatos na imprensa da agência de notícias Associated Press (AP).

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Algumas pessoas ficaram feridas quando a polícia tentou bloquear-lhes o caminho.

Na sexta-feira, vários migrantes foram espancados e foi lançado gás lacrimogéneo pelas forças de segurança da Macedónia.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) expressou, na sexta-feira, preocupação com “os milhares de refugiados e migrantes vulneráveis, especialmente crianças e mulheres, que estão reunidas no lado grego da fronteira em condições de deterioração”.

A organização instou a Macedónia a “estabelecer uma gestão ordenada e sensível para a proteção das suas fronteiras” e apelou à Grécia para “reforçar as atividades de registo e receção no seu lado da fronteira”.

O alto comissário António Guterres conversou com o ministro das Relações Exteriores da Macedónia, Nikola Poposki, que garantiu que a fronteira não será fechada no futuro.

O ACNUR disse entender a pressão que a região enfrenta e as “legítimas preocupações com a segurança”, mas apelou ao Governo para que estabeleça a ordem.

A agência também espera a cooperação da Macedónia para o registo e recepção dos migantes que estão daquele lado da fronteira e “precisam de assistência”.