A imprensa norte-americana já está a fazer soar algumas sirenes sobre a possível candidatura do atual vice-Presidente Joe Biden às eleições de 2016. A CNN afirma mesmo que Barack Obama terá dado a “bênção” ao seu número dois durante um almoço esta segunda-feira, e que agora a decisão de correr ou não correr está inteiramente nas mãos de Biden.

A ideia parece ser manter a hipótese ‘Joe Biden’ a pairar sobre o debate, mesmo sem haver qualquer confirmação de que o democrata tem interesse e vontade em avançar. Se se confirmar, Joe Biden terá de defrontar o peso-pesado Hillary Clinton na primeira fase da nomeação presidencial. Segundo a CNN, que cita fonte do Partido Democrata, o tema esteve em cima da mesa no almoço de segunda-feira na Casa Branca e Obama terá deixado claro que não se irá opor se o vice-Presidente quiser avançar.

Resta saber se quer. À cadeia de televisão norte-americana, o gabinete do vice-Presidente quis minimizar a especulação que se começou a criar em torno do futuro político de Biden. “O almoço foi um encontro privado entre duas pessoas, o Presidente e o vice-Presidente”, disse a porta-voz Kendra Barkoff, acrescentando que “várias fontes continuam a especular sobre assuntos que não conhecem”.

Certo é que, numa altura em que Hillary continua firme no topo das sondagens, as movimentações em torno de Joe Biden são evidentes. À parte do almoço com Barack Obama, também estaria agendado para a noite desse dia um encontro em casa do vice-Presidente com algumas das pessoas mais próximas do Presidente na Casa Branca, como Anita Dunn, ex-diretora de comunicação, e Bob Bauer, há muito advogado de Obama. Personalidades que, segundo a CNN, estavam a par do conteúdo do almoço entre os dois. Também o chefe de gabinete de Joe Biden deveria estar presente.

Os rumores ganham, por isso, consistência, ainda que várias fontes contactadas pela imprensa norte-americana não estejam certas de que o próprio já tenha tomado a decisão. O New York Times arrisca que a decisão deve chegar ainda este verão.

Muitos democratas de topo já assinalaram o seu apoio formal à candidatura de Hillary, mas o possível avanço de Biden pode mudar o jogo e acender tensões no seio dos democratas.

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