O dia já está marcado e é uma terça-feira. Florêncio de Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) avançou ao Observador que a paralisação dos taxistas acontece a 8 de setembro, um dia antes do debate televisivo entre António Costa e Pedro Passos Coelho, que será transmitido simultaneamente na RTP, SIC e TVI.

O presidente da ANTRAL não quis prestar mais informações sobre os protestos, mas já tinha dito ao Observador que queria “alertar os senhores da Uber para terem atenção, porque a paciência tem limites e as coisas podem descambar para uma área que a ANTRAL não quer“, referindo o que se passou em países como a França – onde os manifestantes danificaram vários carros.

Em resposta à notícia de que os taxistas planeavam sair à rua para protestar, a Uber disse que estava preparada e que esperava “que a moderação e o bom senso” prevalecessem, acrescentando que “qualquer grupo tem o direito de se manifestar, desde que estas manifestações decorram de forma pacífica”.

A Uber está proibida de operar desde abril, altura em que o Tribunal Cível de Lisboa aceitou a providência cautelar interposta pela ANTRAL. Contudo, a empresa adiantou que a notificação não abrangia a atividade da empresa no país, porque se referia à Uber Technologies, que opera nos Estados Unidos, e porque se referia a um serviço que não está disponível em Portugal, o UberPop.

A empresa que disponibiliza uma plataforma que liga utilizadores a motoristas privados apresentou defesa em tribunal, sem sucesso, tendo optado então pelo recurso. Neste momento, aguarda a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa. Os serviços disponíveis no país são o UberX e o UberBlack e, apesar de não ser possível aceder ao site, continua a ser possível aceder à aplicação móvel.

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