Nunca entraram tantos imigrantes no Reino Unido como agora. O saldo migratório do país (diferença entre imigrantes e emigrantes) atingiu “níveis recorde”, com 330 mil pessoas a entrar no país no último ano, de março a março, aponta o organismo de estatísticas nacionais.

Em 2014, 13% das pessoas que viviam no Reino Unido tinham nascido no estrangeiro – um número que representa mais de oito milhões de pessoas, esclarece a BBC. O número representa três vezes mais do que a meta do governo e esta situação está a preocupar os responsáveis políticos. “Estes números mostram os desafios que precisamos de enfrentar para reduzir o saldo migratório, e devem também ser vistos como uma chamada de atenção para a UE. Os fluxos de pessoas na Europa estão num nível que já não víamos desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse James Brokenshire, o ministro da Imigração. Em 2011, o primeiro-ministro David Cameron já se mostrava preocupado com a realidade e prometia que ia baixar a imigração para números que “o país possa suportar”.

Este é o quinto aumento trimestral consecutivo, com acréscimos nas chegadas de pessoas tanto da União Europeia como do resto do mundo, mas o número de imigrantes que chegam de países fora da UE é maior. A grande parte das pessoas vai para o Reino Unido para trabalhar, seguindo-se aquelas que vão para estudar.

A imigração tem sido um tema muito falado nos meios de comunicação social do país, em particular pelas notícias de muitos imigrantes ilegais e refugiados a chegar do porto de Calais, em França, para entrar naquele país. O ministro britânico acrescenta mesmo: “esta situação não é sustentável e põe em risco o futuro do desenvolvimento económico dos outros estados-membros da UE. Reforça a necessidade de uma reforma na UE e no Reino Unido”.

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