A chanceler alemã Angela Merkel afirmou esta segunda-feira que a crise de refugiados na Europa era agora um desafio maior que a crise grega. Em resposta aos protestos anti-imigração, que decorreram na semana passada na cidade de Heidenau, Angela Merkel apelou a que os cidadãos alemães tievessem paciência, tolerância, e ajudassem aqueles que procuram axílio e fogem à guerra.

O Governo alemão irá discutir dia 24 de setembro a possibilidade de voltar a aumentar as verbas destinadas ao apoio das comunidades locais, para fazer face à maior crise de refugiados que a Europa enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial. “Isto não é uma catástrofe natural, mas têm existido algumas situações catastróficas”, afirmou a chanceler em Berlim em declarações a jornalistas, escreve a agência Reuters. O direito ao axílio é uma das “fundações” da Constituição da Alemanha, relembrou a chanceler. O país prepara-se para receber este ano 800.000 refugiados. Este número é duas vezes superior ao previsto há apenas alguns meses, e quatro vezes maior do que o número de refugiados recebidos pela Alemanha no ano passado.

Angela Merkel vincou ainda que “não haverá tolerância para as pessoas que colocam em questão a dignidade de outras”. Na semana passada, dezenas de pessoas ficaram feridas em consequência dos confrontos que opuseram a polícia a manifestantes de extrema-direita convocados pelo partido neonazi NPD para protestar contra a abertura de um centro de acolhimento de refugiados em Heidenau.

Relativamente ao apoio financeiro, a chanceler declarou na semana passada que Governo alemão irá alargar o montante de verbas destinado a apoiar as comunidades locais para mil milhões de euros. Adicionalmente, numa cimeira realizada a 24 de setembro, será discutida ainda a possibilidade de triplicar este valor. Contudo, segundo alguns especialistas, mesmo que aumentado, o valor ficará aquém do necessário.

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