Chama-se Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) e a partir de sexta-feira vai juntar várias associações da sociedade civil para que possam começar a preparar a chegada de vários refugiados a Portugal. “As manifestações de generosidade da sociedade portuguesa são um bom sinal, agora é preciso organizar a generosidade, torná-la eficaz”, refere Rui Marques, Alto Comissário Adjunto para a Imigração e Minorias Étnicas e um dos mentores do projeto, segundo o Público.

A iniciativa surgiu após cerca de cem famílias terem manifestado vontade de receber refugiados (tendo para isso enviado emails ao Conselho Português dos Refugiados (CPR)), de câmaras municipais terem oferecido ajuda – como as de Olhão, Vila Velha do Ródão e Penela e Lisboa, e até juntas de freguesias, como a de Alvalade, em Lisboa – e de várias empresas terem postos trabalho disponíveis para os migrantes, nomeadamente nas áreas da agricultura e serviços, refere Teresa Tito de Morais, a presidente da organização não-governamental CPR. “Tem havido mobilização em termos nacionais com provas de generosidade e grande abertura para participar no acolhimento de refugiados em fuga”, constata Teresa Tito de Morais.

A Plataforma de Apoio aos Refugiados irá atuar em duas áreas: uma direcionada ao acolhimento e integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal, e outra focada no apoio aos refugiados no seu país de origem.

“Um desafio de emergência humanitária exige uma resposta dos Estados e da sociedade civil. Saudamos a generosidade da sociedade portuguesa, mas agora a generosidade precisa de ser organizada e articulada. Temos de responder a essa generosidade de impulso imediato para a tornar eficaz, em complementariedade com o Estado”, refere Rui Marques à edição desta quinta-feira do Público.

Para além do CPR, existem também outras instituições que se irão juntar a esta plataforma, como a Cáritas Portuguesa, a Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade, Comissão Nacional justiça e Paz, o Instituto de Apoio à Criança, Comité Português da Unicef, o Instituto Padre António Vieira, a Obra Católica Portuguesa das Migrações, o Serviço Jesuíta aos Refugiados, representantes do sector empresarial, entre outros, explica Rui Marques.

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