O secretário-geral do PS acusou hoje a coligação PSD/CDS de esconder o seu programa e advertiu que as próximas eleições assumem um caráter decisivo para uma viragem na economia e para a defesa do modelo público social.

António Costa falava aos jornalistas na Gare do Oriente, em Lisboa, antes de iniciar uma série de viagens de comboio para o Porto e em que, pelo meio do percurso, fará ações de campanha no Entroncamento, Pombal, Coimbra e Aveiro.

Tendo ao seu lado os presidentes das câmaras de Sintra (Basílio Horta), da Amadora (Carla Tavares) e de Lisboa (Fernando Medina), António Costa sustentou a tese de que nas próximas eleições legislativas estão em causa dois projetos bem distintos para o futuro do país.

“Estas eleições são decisivas pela viragem da política económica e pela necessidade de defender um modelo que garanta segurança social para todos, serviço nacional de saúde e educação, com recuperação da dignidade de Portugal na Europa para que o país possa falar com autoridade na defesa dos interesses nacionais”, declarou.

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Depois, António Costa foi questionado sobre como encara a alegada escassa participação do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, em entrevistas televisivas nos períodos de pré e campanha eleitoral.

Para o secretário-geral do PS, é cada vez mais claro “que a direita esconde o seu programa, como na última campanha eleitoral escondeu aquilo que pretendia efetivamente fazer”.

“Há quatro anos a campanha da direita foi dizer que não aumentava os impostos, mas depois aumentou-os; não cortava os salários e as pensões, mas depois cortou-os. Desta vez está a esconder também o seu programa, que passa por prosseguir a austeridade, agora com um corte nas pensões de mais 600 milhões de euros e encaminhar a sua fúria privatizadora para os serviços públicos, designadamente abrangendo as receitas da Segurança Social, desmantelando o Serviço Nacional de Saúde e ameaçando a escola pública”, disse.

Por essas razões, de acordo com o líder socialista, as eleições de 04 de outubro assumem um caráter “decisivo”.

“Finalmente os portugueses vão poder falar. Com urgência, o país precisa de um outro caminho”, acrescentou.