A Polícia Judiciária de Leiria anunciou esta sexta-feira a detenção em Madrid do suspeito de ter matado a tiro um ex-jogador da União de Leiria. O suspeito, que terá assassinado na noite de domingo Raul João, em Leiria, preparava-se para viajar para o Brasil.

Em comunicado, a PJ anunciou que, “em articulação com a Unidade Nacional Contra Terrorismo, desenvolveu a investigação que culminou com a detenção de um homem, com 25 anos, sem ocupação laboral, fortemente indiciado pela prática de crime de homicídio, na forma consumada”. O suspeito foi localizado e detido “no aeroporto de Barajas, em Madrid, quando se preparava para embarcar, num avião, com destino ao Rio de Janeiro, no Brasil”.

Segundo a PJ, a “detenção concretizou-se em cumprimento de mandado de detenção europeu emitido pela autoridade judiciária competente do Ministério Público na comarca de Leiria”, tendo a operação contado com a “colaboração da Polícia Nacional de Espanha, Polícia Federal do Brasil e Comando Distrital de Leiria da PSP”.

“Após cumprimento das formalidades legais em Espanha, o detido será entregue às autoridades portuguesas para primeiro interrogatório judicial e aplicação das adequadas medidas de coação”, acrescenta ainda o comunicado. Os factos ocorreram na noite de domingo, em São Romão, Leiria. “Na ocasião, o suspeito atingiu a vítima mortal com cinco disparos de arma de fogo, pondo-se imediatamente em fuga para parte incerta”, refere a PJ.

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O tiroteio provocou um morto e um ferido ligeiro. O diretor desportivo da SAD da União de Leiria, Kata, confirmou à Lusa que a vítima mortal era Raul João Oliveira, ex-jogador do clube, e lamentou a morte daquele que também era seu amigo pessoal, salientando que apanhou todos de surpresa.

Raul João formou-se nas camadas jovens da União de Leiria, onde subiu a sénior e jogou dois anos pelos seniores, na antiga II divisão (atual II Liga). O defesa-central passou ainda por clubes como o Pedras Rubras, Fátima, Portomosense, Sport Clube Leiria e Marrazes e Atlético Clube Marinhense. Quanto ao ferido ligeiro, fonte da PJ esclareceu que “não resultou de nenhuma intervenção do presumível homicida”.

“Era acompanhante do autor, chegou no mesmo veículo e foi retido no local por populares que o terão agredido, tendo sido hospitalizado”, referiu.