Histórico de atualizações
  • Por hoje é tudo. Amanhã é dia de mais um debate televisivo, desta vez entre o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o líder do Partido Socialista, António Costa. Pela primeira vez, o debate será transmitido em simultâneo pelos três canais de televisão — RTP, SIC e TVI.

    Obrigada por nos acompanhar aqui, no Observador. Boa noite.

  • Sondagem da Aximage dá vantagem de 5,6 pontos percentuais à coligação PSD/ CDS

    Na sondagem da Aximage, publicada esta quarta-feira no Jornal de Negócios e Correio da Manhã, a coligação PSD/CDS ultrapassa o PS e fica à frente com uma vantagem de 5,6 pontos percentuais, conseguindo 38, 9% das intenções de voto.

    Os socialistas sofrem uma queda vertiginosa, passando dos 38% que obtiveram na sondagem de julho, para os 33,3%. A coligação PSD/ CDS tinha, na mesma sondagem em julho, 37, 8% das intenções de voto, subindo assim 1,1 pontos percentuais. Esta é a primeira vez que a coligação no Governo surge destacada no primeiro lugar das intenções de voto na sondagem da Aximage desde que António Costa assumiu a liderança do PS.

    A CDU também sobe um ponto percentual, de 7,5 para 8,5% das intenções de voto. O Bloco de Esquerda surge a seguir, arrecadando 4,6%, mais 0,6 pontos percentuais face a julho. O PDR sobe, o Livre sobe. Só mesmo o PS é que cai.

    A abstenção mostrada nesta sondagem fica nos 36, 2% e a percentagem de indecisos está nos 2, 9%.

  • Santos Silva: "programa da direita é vazio"

    Augusto Santos Silva, ex-ministro socialista, denuncia esta terça-feira no Ação Socialista Digital, jornal de campanha do PS, aquilo que considera ser o “desequilíbrio no escrutínio crítico comparado das propostas do PS e dos restantes partidos”.

    “Muitas vezes, quando pergunto a razão de ser de tanto desequilíbrio (…) a resposta que obtenho é que essa é a fatalidade que decorre de ser o PS o único a apresentar propostas escrutináveis. Como de um lado há substância e, do outro, nada, o foco tem de incidir apenas sobre o primeiro lado“, defende.

    Num texto chamado “Como combater o nada?”, Santos Silva diz que António Costa “foi bombardeado por tudo quanto era imprensa sobre os “números” e as “contas” que dariam fundamento ao seu programa – e, quando foi a vez de a coligação de direita apresentar um programa completamente vazio de fundamentos técnicos e medidas orçamentais, a denúncia crítica desse facto ficou exclusivamente nas mãos dos economistas que colaboram com o PS”.

    “A direita diz querer introduzir, em plena crise económica e orçamental, o plafonamento nas contribuições para a segurança social – e ninguém parece interessado em perguntar-lhe como acomodará o rombo imediato que isso provoca no sistema de pensões. A direita está vinculada a uma redução de 600 milhões de euros nas pensões, já para 2016, não diz como e ninguém insiste na pergunta. A direita promete a chamada liberdade de escolha na educação e na saúde, e ninguém a interroga, com um mínimo de persistência, sobre como tenciona financiar essa promessa”, lamenta.

    Para o ex-ministro, o “programa da direita é, de facto, tecnicamente vazio. Mas, ao contrário dos que veem nisso justificação para, cumplicemente, deixá-la passar entre os pingos da chuva, esse programa é uma clara e bem nutrida proclamação ideológica: privatizar, privatizar, privatizar”.

  • Os riscos do plafonamento da Segurança Social em discussão

    O economista Pedro Corte Real alerta que o plafonamento da Segurança Social, incluído no programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP, tem “alguns riscos” e que a medida em si “dificilmente seria a solução” para resolver os problemas do sistema.

    Em entrevista à Lusa a propósito da apresentação da análise comparada das políticas sociais dos quatro programas eleitorais apresentados pelos partidos com representação parlamentar, realizada pelo ‘think tank’ Cidadania Social, Pedro Corte Real afirmou que, no que se refere à Segurança Social, “a reforma mais visível e com mais impacto [na proposta da coligação] é o plafonamento para os mais jovens”.

    O programa eleitoral da coligação Portugal à Frente prevê “a introdução, para as gerações mais novas, de um limite superior para efeitos de contribuição, que em contrapartida também determinará um valor máximo para a futura pensão”, o chamado plafonamento, que define um limite do rendimento a partir do qual os contribuintes podem escolher contribuir para sistemas públicos ou privados.

    O economista responsável pela comparação das medidas na área da Segurança Social a pedido daquele grupo de trabalho destaca, no entanto, que no programa eleitoral do PSD/CDS-PP, ficam uma série de questões por definir: “Vamos plafonar em que valores? Não se arrisca um valor, penso que não seja uma medida muito fácil de implementar.”

  • Os programas de Saúde e o "lavar de roupa suja"

    O PS e a Coligação PSD/CDS convergem no essencial dos seus programas eleitorais para a Saúde, embora partam de diagnósticos do setor muito diferentes, próprios do “lavar de roupa suja” em campanha, segundo o economista Fernando Ribeiro Mendes.

    Para este especialista, um dos elementos do movimento de cidadãos “Cidadania Social” que hoje apresenta uma análise comparativa das políticas sociais propostas nos programas eleitorais, entre o PS e a Coligação, na área da Saúde, é mais o que os une do que os separa. Em entrevista à agência Lusa, o professor universitário e antigo secretário de Estado da Segurança Social no governo de António Guterres concluiu que “há uma certa convergência” no que estes partidos – PS e Coligação – propõem.

    “Claro que partem de um diagnóstico diferente”, afirmou, especificando que a análise da coligação é “muito contida”. Sobre o passado recente, em que governaram, PSD e CDS afirmam que, “porque houve um programa de ajustamento e imposições dos credores, o Estado não pode financiar com a largueza anterior a política de saúde e houve portanto uma certa travagem no desenvolvimento de certas respostas: os cuidados continuados não se desenvolveram como previsto, a maneira de trabalhar do Serviço Nacional de Saúde (SNS) também passou a estar sujeita a restrições financeiras e orçamentais. A coligação diz também que, apesar de ter feito isso, fê-lo com consciência social”.

    O PS “tem uma visão muito oposta: não menciona na sua análise as exigências que decorreram do memorando e atribui todas as dificuldades e tudo o que possa ser negativo no SNS à má governação da coligação”.

  • Fact check: O PS sempre foi contra cortes nos salários e pensões?

    “O PS não passou a ser contra o corte de salários e pensões ao defender a sua reposição depois das eleições. O Partido Socialista não tinha no memorando o corte de pensões e salários e foi sempre contra essa duplicação da austeridade“. A frase é do cabeça de lista do PS em Aveiro, Pedro Nuno Santos, e serviu de mote para mais um fact check do Observador. Quer saber qual é a conclusão? Leia aqui.

  • Jerónimo e Pires de Lima solidários com os taxistas

    Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, e o ministro da Economia, António Pires de Lima, apoiam os taxistas no protesto contra a concorrência da empresa Uber. “No dia em que o táxi se manifestou em Lisboa, Porto e Faro, asseguramos a defesa do setor dos transportes públicos, contra a liberalização”, declarou o secretário-geral comunista, citado pela Lusa, numa ação de campanha no largo Camões, mostrando-se contra aquela operadora e não só: “E outros clandestinos, como as empresas de tuk-tuk, sem cumprirem a legislação do trabalho, os requisitos e licenciamentos exigidos ao setor do táxi, para fugirem aos impostos, tudo em nome de uma suposta modernidade”.

    Já António Pires de Lima disse entender os protestos dos taxistas contra a Uber e que o serviço seja encarado como uma “ameaça”, sublinhando que deve ter regras próprias e ser enquadrado. “Entendo o sentido ou, pelo menos, julgo entender uma parte do sentido dos seus protestos”, disse, aos jornalistas, acrescentando que a Uber é um serviço que deve ter “regras próprias” e que precisa de ser “enquadrado”.

  • Investigação. Direita preocupada com formação de desempregados; esquerda centra-se em salários

    O académico João Cerejeira, que analisou os programas dos partidos com representação parlamentar sobre o mercado laboral, constatou que, enquanto a direita se concentra na formação dos desempregados, os partidos de esquerda focam-se nos salários e na estabilidade.

    Em entrevista à Agência Lusa, João Cerejeira explicou que “enquanto mais à direita se privilegia a questão do desemprego, mas do lado da oferta (a questão da formação e da adequação dos desempregados ao mercado de trabalho), praticamente esquecendo as outras vertentes, do lado à esquerda acentua-se a tónica salarial ou a tónica da insegurança no mercado de trabalho”.

    O professor da Universidade do Minho, que analisou os quatro programas a pedido do grupo de reflexão Cidadania Social, sublinhou que o programa da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) para o mercado de trabalho é composto, em dois terços, pelo “ativar [de] desempregados, formação vocacional, ensino vocacional, adequar qualificações às exigências do mercado de trabalho”.

    “Nos partidos mais à esquerda, quer o PCP quer o Bloco de Esquerda, a tónica é salários e precariedade. Curiosamente há uma diferença bastante substancial até na prioridade que dão a uma e à outra. Notamos que as preocupações salariais estão muito mais presentes no programa do PCP (…). Neste contexto, o segundo aspeto tem a ver com a precariedade e a luta contra os contratos a prazo, recibos verdes, etc.”, afirmou João Cerejeira, que notou que, do lado do Bloco de Esquerda o enfoque recai sobre a precariedade, o que atribui aos seus respetivos eleitorados.

    O investigador destacou que “quer da coligação quer dos restantes partidos não há propriamente uma avaliação dos impactos das medidas propostas”, exceto a nível do Partido Socialista, que apresentou um documento à parte, ainda que com “algumas omissões, nomeadamente do ponto de vista metodológico”.

    Deveria haver mais honestidade por parte dos partidos em tentar mostrar qual é o impacto das suas medidas. Por exemplo, podemos questionar, a subida do salário mínimo para 600 euros [proposta pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda], qual é o impacto que isto tem na criação de emprego? É omisso. Ou, quando muito, é dito de forma demasiado otimista que vai desenvolver a procura interna e portanto resolve os problemas de emprego. Do lado da coligação, também podemos questionar qual é o custo que tem do ponto de vista das finanças públicas o conjunto de medidas propostas”, referiu João Cerejeira.

    O professor universitário recordou que o mercado de trabalho português é caracterizado por três problemas: “a questão dos baixos salários e da baixa produtividade, que já é antiga”, a passagem do desemprego conjuntural a estrutural e um problema institucional, ligado à “qualidade dos contratos que são feitos”.

    Em relação aos contratos, João Cerejeira realçou que o PS faz “propostas bastante inovadoras”, em concreto propondo um “ajustamento dos contratos atuais através do processo conciliatório, o que na prática vai retirar algumas garantias aos contratos sem termo, mas aumenta garantias aos contratos a prazo”.

    Questionado sobre a importância dada pelos quatro programas eleitorais à contratação coletiva, João Cerejeira afirmou que seria relevante conhecer a posição da coligação Portugal à Frente sobre as portarias de extensão, que são “dos instrumentos principais do ponto de vista da regulação salarial em Portugal”.

    “Era importante, nomeadamente no partido de Governo que teve esse papel de moderação salarial, quer por via do salário mínimo quer por via de congelamento das portarias de extensão, que propostas fazem relativamente à política salarial. É uma omissão que não é por esquecimento. É por opção”, afirmou o professor universitário.

    O ‘think tank’ Cidadania Social apresenta esta terça-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a análise feita aos programas eleitorais dos partidos com representação parlamentar na área do trabalho, segurança social e saúde.

  • Governo dá nomes e moradas dos emigrantes aos partidos. E é legal

    Os emigrantes portugueses começaram a receber nos últimos dias cartas a apelar ao voto na coligação Portugal à Frente e, em breve, vão começar a receber do PS. Ao Observador, já começaram a chegar algumas queixas, mas, afinal, trata-se de uma situação legal. Um decreto-lei de 1976 autoriza o Governo a dar os dados dos emigrantes recenseados aos partidos que o solicitem.

    Os partidos políticos poderão obter, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, cópias dos cadernos de recenseamento, desde que se responsabilizem pelas despesas efetuadas, ou proporcionem meios técnicos e humanos adequados à obtenção dos exemplares pretendidos”, lê-se no decreto-lei 95-C/76.

    Ao Observador, fonte da candidatura da coligação explica que “a propaganda enviada para casa dos emigrantes foi feita através da norma que estipula que a propaganda da campanha no estrangeiro é feita através da via postal”. “É óbvio que é a única forma de chegar aos eleitores”, afirmou ao Observador o cabeça de lista do PS pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, indicando que o PS começará esta semana a enviar correspondência aos emigrantes portugueses.

    “Ainda assim, apesar de este ser um procedimento, ao que tudo indica, legal, não acho correcta esta utilização dos meus dados. Vou-me informar sobre se existe alguma forma de poder impedir que os meus dados sejam transmitidos desta forma pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros”, declara no Facebook um emigrante na Hungria, que contactou a CNE e que confirmou a informação de que há fundamento legal.

  • Marcelo Rebelo de Sousa: PS é uma equipa de um "homem só"

    Num almoço-comício em Guimarães, Marcelo Rebelo de Sousa largou o fato de comentador e juntou-se à pré-campanha da coligação PSD/CDS. Por entre críticas à atuação de António Costa, a quem tem faltado “um conjunto de ideias básicas”, o comentador descreveu o PS como uma equipa de um “homem só”. E é essa uma das grandes diferenças entre os dois lados da barricada, sublinhou Marcelo.

    “O discurso da coligação é que deve governar-se como uma equipa. A equipa, diz a coligação, não é eterna, não há ninguém insubstituível. (…) Mas é uma equipa. As pessoas podem gostar mais ou menos, mas sabem que há uma equipa. Esse é o contraste: um homem só [PS] e uma equipa [PSD/CDS]”.

    Marcelo Rebelo de Sousa não se ficou por aqui e continuou a disparar contra António Costa. É que se a coligação já entendeu que “deve governar o país ao centro”, o secretário-geral do PS continua “a tentar o centro e a esquerda”; se a coligação já percebeu o que se passou em 2011 e como evitar que se volte a repetir, Costa continua com dificuldades para “ter um discurso sobre aquilo que é a situação atual do país”; e se a coligação tem evitado cometer erros, António Costa ainda não encontrou “um conjunto de ideias básicas que [deveriam ser] as mesmas ao longo destes meses”.

    E isso tem um problema, explicou Marcelo. Na opinião do ex-líder social-democrata, o PS tem-se limitado “a atacar os erros dos adversários” e a ir “atrás da agenda”, como se viu na questão dos refugiados. E Costa é o bombeiro de serviço, “a mesma pessoa que, sempre sozinho, tem de comentar tudo, porque não tem porta-vozes”.

    O comentador deu, ainda, uma alfinetada ao governo de José Sócrates. “A crise europeia e o otimismo excessivo [do último governo] que [o] levou a tomar medidas, a realizar despesas (…) [conduziu o país] à intervenção da troika e ao memorando de entendimento”. O que nos diz agora a coligação é que, “aplicando o memorando”, foi possível inverter a situação e produzir uma “mudança em relação aquilo que se vivia em 2011”, afirmou Marcelo.

  • Livre entrega 'pizzas' com propostas a jornalistas à porta de Sócrates

    “O segredo está nos candidatos” é assim que o Livre/Tempo de Avançar foi vender a sua massa, melhor dizendo as suas propostas, aos jornalistas que estão em frente à porta de José Sócrates. Os candidatos foram entregar pizzas aos jornalistas, mas, como dizem na nota que escreveram no Facebook, em vez de extra-queijo e pepperoni foram entregar as propostas aos jornalistas.

    pizza do livre

    pizza do livre

  • Sócrates: CNE empurra decisão sobre voto para Carlos Alexandre

    A Comissão Nacional de Eleitores (CNE) pronunciou-se sobre a situação inédita de um eleitor em prisão domiciliária querer votar, neste caso, José Sócrates. No final de uma reunião plenária, o porta-voz, João Almeida, reconheceu ao Observador que a questão é “complexa” e empurrou a decisão para o juiz de instrução Carlos Alexandre, que decidirá “em que condições materiais” o socialista poderá votar.

  • BE quer que Portugal receba 6.000 refugiados

    A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse esta terça-feira que Portugal não pode continuar apenas com declarações, sendo necessário preparar “uma resposta descentralizada” para acolher o maior número de refugiados.

    “É preciso garantir o acolhimento dos refugiados que estão a chegar o mais depressa possível e nas melhores condições possíveis, ou seja, é preciso ter um plano a nível nacional com o apoio das autarquias”, afirmou aos jornalistas Catarina Martins, citada pela Lusa, no final de uma visita ao Centro de Acolhimento de Refugiados da Bobadela, em Loures.

    A porta-voz do BE, que também se reuniu com a diretora desta unidade de apoio à integração de refugiados em Portugal, adiantou que “é preciso passos concretos”, não se podendo “continuar com declarações”. “Há apoio comunitário para acolher os refugiados, aqui só é uma questão de vontade política e de começar no terreno a afirmar a capacidade de receber os refugiados quanto antes”, realçou, sublinhando que as equipas que já se disponibilizaram para os acolher, como autarquias, têm que ser montadas e receber a formação e apoio necessário.

    Catarina Martins considerou que Portugal tem capacidade para acolher seis mil refugiados, devendo empenhar-se numa solução europeia. “Não deve (Portugal) ficar à espera da quota que lhe dão ou tentar regatear uma quota mais pequena, pelo contrário deve ser uma voz ativa para que seja possível distribuir todos os refugiados pelos países europeus e têm capacidade de os receber”, disse.

    Catarina Martins defendeu também que Portugal deve ter uma “voz forte denunciando e opondo-se aos bombardeamentos que a França e Grã-Bretanha” querem levar cabo na Síria, sublinhando que os refugiados estão “a fugir de bombardeamento”. “Estes bombardeamentos têm que ser travados e sobre isso o Governo português deve ter uma palavra forte”, afirmou.

    A porta-voz do BE disse ainda que “não se compreende que a Europa tenha um mecanismo de pedido de asilo e de entrada na Europa que não seja humana”. “Não podemos continuar a ter pessoas a afogar-se no Mediterrâneo ou a serem vítimas de traficantes porque a Europa não tem um mecanismo de pedido de asilo para poderem entrar na Europa com segurança”, sublinhou.

  • Ora, as declarações dos partidos sobre a proposta de utilização do Fundo da Segurança Social para reabilitação urbana em casas destinadas a um programa de habitação com rendas mais baixas foi o tema do fact check do Observador de ontem.

    Ao longo das eleições, o Observador levará a cabo vários fact checks, fazendo o rastreio das frases dos candidatos e das suas propostas. Pode ler o de ontem, aqui. https://observador.pt/2015/09/07/ps-e-reabilitacao-urbana-a-seguranca-social-serve-para-isto/

  • PS sempre foi contra os cortes nos salários e nas pensões, diz Pedro Nuno Santos

    “O PS não passou a ser contra o corte de salários e pensões, ao defender a sua reposição depois das eleições. O Partido Socialista não tinha no memorando [da ‘troika’] o corte de pensões e salários e foi sempre contra essa duplicação da austeridade”, disse estar terça-feira Pedro Nuno Santos, cabeça-de-lista do PS por Aveiro.

    O deputado respondia a acusações feitas na segunda-feira por Luís Montenegro, número um da coligação por Aveiro que se regozijou por o programa do PS mostrar, segundo o próprio que os socialistas reconhecem “que o país hoje está em melhores condições”.

    Ora para Pedro Nuno, “Luís Montenegro e o próprio PSD devem andar distraídos relativamente aquelas que têm sido as posições do PS” porque o Partido Socialista “nunca foi a favor” do corte dos salários da função pública e das pensões dos reformados e, “desde sempre, foi contra a duplicação da austeridade que o PSD e CDS impuseram ao país”, disse citado pela agência Lusa.

    Sobre a acusação de Montenegro segundo a qual o PS anda em “zig-zag” relativamente às propostas para a segurança social, o deputado socialista rebateu o argumento afirmando que “elas estão muito claras no programa eleitoral” do PS.

    “Se Luís Montenegro quiser saber qual é a nossa posição em matéria de Segurança Social basta consultar o programa eleitoral do PS. O mesmo já não se pode fazer com o programa eleitoral de PSD/CDS e era importante se pudessem concretizar a proposta de privatização parcial da segurança social”, comenta. Isto porque na segunda-feira, Montenegro tinha acusado os socialistas de se contradizerem sobre a proposta de utilização de parte do Fundo da Segurança Social para reabilitação urbana e criar um mercado de renda acessível.

    Ora, tendo em conta que o social-democrata criticou esta proposta do PS, o socialista contra-atacou fazendo perguntas sobre as ideias da coligação para a Segurança Social. Perguntou por exemplo, a partir de que montante é que os descontos passam a poder ser feitos para fundos privados de pensões, quantos trabalhadores é que serão atingidos pela medida e qual o impacto nas receitas da Segurança Social.

    “Nada disto está no programa eleitoral do PSD e do CDS, como também não estão os 600 milhões de euros de cortes nas pensões, que o Governo prometeu a Bruxelas no programa de estabilidade, apresentado em abril”, disse.

  • Rádios e televisões recebem mais de 2 milhões por tempos de antena

    As televisões e as rádios vão receber mais de dois milhões e trezentos mil euros pelos tempos de antena para as eleições legislativas, segundo um despacho que homologa a tabela de compensação hoje publicado em Diário da República, escreve a Lusa.

    O despacho indica que a TVI é a estação que obteve maior compensação financeira pela transmissão dos tempos de antena referentes às eleições legislativas de 04 de outubro com 703.817,89 euros, seguida pela SIC com 592.546,34 euros e pela RTP com 394.692,68 euros.

    As televisões e as rádios a nível nacional e regional vão receber ao todo 2.311.762,5 milhões de euros. O despacho publicado hoje homologa a tabela de compensação pela emissão dos tempos de antena nas rádios de âmbito nacional, com as três estações (SIC, TVI e RTP1) a arrecadar 1.691.056, 91 milhões de euros.

    O despacho do Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, indica também que a Rádio Renascença, a Rádio Difusão Portuguesa (RDP) e a Rádio Comercial vão receber no total 541.666,67 mil euros. A Rádio Renascença é a rádio que obteve maior compensação financeira pela transmissão de tempos de antena (301.819,92 euros), seguida da Rádio Comercial (133.092,92 euros) e da RDP (106.753,83 euros). No que diz respeito às estações de rádio de âmbito regional, a M80, a TSF e posto emissor de Radiodifusão do Funchal vão receber 79.038,92 euros no total.

    A M80 e a TSF vão obter 35.035 euros, cada uma, enquanto o posto Emissor de Radiodifusão do Funchal vai receber 8.968,92 euros.

    Aos valores agora publicados em Diário da República aplicam-se as taxas e impostos em vigor.

  • Marcelo em campanha pela coligação, mas sem Passos e Portas

    Curiosidade do dia: A coligação PSD/CDS enviou esta terça-feira um comunicado às redações a dar conta que Marcelo Rebelo de Sousa estará hoje em iniciativas de campanha. Vai estar ao 12h30 num encontro em Guimarães, na Quinta de Castelães e às 15h30 irá visitar a Leica Portugal, em Vila Nova de Famalicão.

    Ora, Marcelo Rebelo de Sousa irá estar em iniciativas onde não estarão os líderes dos partidos da coligação, Passos Coelho e Paulo Portas, como o Observador tinha noticiado a semana passada.

    O professor, que é dado como possível candidato à Presidência da República, tem tido presença contínua nas notícias nos últimos tempos, desdobrando-se em iniciativas e comentários. No sábado, o semanário Expresso garantia que um apoio de Passos Coelho a Marcelo não estava fora de hipótese uma vez. E o professor, em conversa com o Observador, gostou e até disse que era “uma boa notícia”.

    Por falar em Marcelo Rebelo de Sousa, o Observador foi medir o pulso à Fundação Casa de Bragança, presidida por Marcelo. O professor conta a sua experiência como gestor e conta que o salvador da Fundação… foi Vítor Gaspar. Um especial que pode ler aqui.

  • "A melhor prova de um pudim é comê-lo", que é como quem diz, o PS já foi Governo, já se sabe o que é

    Jerónimo de Sousa desvia-se das balas, ou seja, da pergunta direta sobre se está disponível para um acordo com o PS para formar Governo, mas lá vai dizendo que o programa do PS não é conciliável com o que defende o PCP. E qual o “mal menor”? PS ou coligação? Jerónimo hesita e responde com uma metáfora: “A melhor prova de um pudim é comê-lo”. Traduzindo por miúdos, não é que com esta frase, o secretário-geral do PCP tenha defendido que se deveria “provar o pudim” que é como quem diz, votar no PS para crer. Não. Jerónimo apontava para o passado dizendo que “o que verificámos foi que o PS sempre, mas sempre, de livre vontade executou uma política de direita” e, acrescentou “assistimos a este bruá sobre a estabilidade governativa”. “Gostaria que olhassem para trás – Com essa estabilidade governativa desestabilizou-se a vida aos portugueses”, disse no fórum da TSF. Ou seja, já se provou o pudim.

    Já antes, em resposta no fórum da TSF, Jerónimo desviou-se sempre da pergunta sobre uma eventual coligação com os socialistas defendendo que é importante que se responda às perguntas: “Governar para quem e para quê?” Até porque “exigir ao PCP que em nome de um acordo governamental abdique dos nossos principios seria enganar o povo”. “Temos uma só cara, estamos ao lado dos trabalhadores”.

    Contudo, acrescentou que o partido está “aberto ao diálogo” e tem “dialogado designadamente com o PS”. Mas há perguntas que ficam em suspenso: “Seríamos mais uma força do arco da política de direita? O povo pede a este PCP que seja coerente”, remata.

    Para uma conversa com os socialistas, percebe-se pelas palavras de Jerónimo que teria de ser o PS a aproximar-se do PCP uma vez que, diz o secretário-geral do PCP, o programa do PS não é compatível com o que defende. “Parte de muitos cenários, tem várias declarações de intenções que registamos. Não dizemos que é exatamente igual ao de PSD e CDS, mas por aquilo que lá esta e lá não está, inevitavelmente [o PS] não quer uma rutura com o caminho”. E deu o exemplo da questão da dívida pública e das medidas da Segurança Social.

  • O DN conta hoje que a coligação de Joana Amaral Dias está a preparar o cenário de uma eventual substitução durante o tempo da gravidez e da licença de maternidade se a cabeça de lista for eleita deputada. Ou seja, não querem substituir e querem deixar o lugar vazio. Que o defende é Gil Garcia, líder do MAS, que concorre em coligação com o Agir de Joana.

    Ainda no mesmo jornal, e sobre a coligação Agir, uma opinião da ex-deputada do PS, Marta Rebelo, que titula assim a sua crónica: “Queres ser eleita? Despe-te”. Na crónica, Marta Rebelo diz que a capa da revista “Cristina” onde aparece Joana Amaral Dias grávida, sem roupa, é “infame” e “não é libertária e não coloca a nu os preconceitos dos outros. Coloca a nu o oportunismo, a hipocrisia – reforçada pela utilização do prime time para ‘defesa’ – e a conceção utilitário-eleitoralista do nu, da gravidez, do feminismo, da paridade, da Joana Amaral Dias”, escreve.

  • "O PS desertou, desapareceu do combate", diz Jerónimo

    O líder do PCP está neste momento no fórum da TSF (pode ouvir em direto aqui) a responder a perguntas e deixou uma ideia interessante. Insistiu na ideia que o principal inimigo do PCP é “a política de direita”, mas, questionado sobre o confronto com o PS, não deixou de criticar os socialistas: “Onde andou o PS durante estes quatro anos, quando quem como nós, os trabalhadores e populações, lutaram tanto, deram tanto combate? [Isto ao mesmo tempo que existia] um PS que desertou, desapareceu do combate e muitas vezes identificado com a política deste governo”. “Não digam que não combatemos o PSD e CDS, quem não o combateu foi o PS”, disse.

    A relação com o PS será um assunto que ainda voltará a ser abordado no fórum com o candidato comunista.

1 de 2