O Sindicato dos Jornalistas (SJ) condenou a agressão a um fotojornalista da Lusa na manifestação de taxistas que decorreu em Lisboa, considerando que se trata de uma “tentativa de limitação do trabalho jornalístico”, que “não deve ficar impune”.

Num comunicado emitido esta terça-feira, a direção do SJ escreve que o jornalista agredido, que estava ao serviço da Lusa, contou que foi “esmurrado enquanto captava imagens de uma cena de violência, já depois de ter sido dito por manifestantes para parar de tirar fotografias”. Para o SJ, “a agressão configura uma tentativa de limitação do trabalho jornalístico e não deve ficar impune”.

O sindicato condena “de forma veemente” esta ocorrência que considera ser “uma ação inaceitável e sem qualquer justificação” e manifesta a sua “total solidariedade para com o fotojornalista agredido”. O SJ diz também que vai “tomar as diligências necessárias” para garantir o “rápido apuramento de responsabilidades”.

Mais de 3.500 taxistas de Lisboa Porto e Faro protestaram esta terça-feira contra o transporte de passageiros pela empresa que utiliza a aplicação Uber, que acusam de atuar ilegalmente em Portugal.

Em Lisboa, a marcha lenta que partiu do Parque das Nações rumo ao Ministério da Justiça, na Praça do Comércio, passou pelas principais artérias da cidade e chegou a reunir cerca de três mil táxis, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que organizou o protesto.

Os taxistas acusam a empresa de atuar ilegalmente em Portugal, o que é negado pela Uber, que assegurou à Lusa cumprir “inteiramente a legislação em vigor” e funcionar com “parceiros licenciados”, que pagam impostos.

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