A empresa espanhola DIA, que em Portugal é dona da cadeia de supermercados Minipreço, pede ajuda ao governo regional galego para acabar com o bloqueio a um armazém em Santiago de Compostela que foi lançado na noite de segunda-feira por centenas de agricultores que acusam a empresa de contornar as associações do setor e que querem vender os seus produtos a um preço mais elevado.

Desde o início da noite de segunda-feira, nenhum camião ligado à DIA está a conseguir entrar ou sair do Mercagalicia, um armazém situado em Santiago de Compostela, na Galiza, onde trabalham 120 pessoas. É para proteger esses 120 trabalhadores que a DIA pede ajuda às autoridades, contam os jornais espanhóis El Mundo e El País.

Num comunicado, a DIA diz que esta crise já provocou “danos importantes” na sua cadeia de valor e pede ajuda para permitir que os cerca de 30 camiões que estão bloqueados no interior do armazém possam sair. Em risco estão os pequenos empresários de outros setores que são fornecedores e, também, os clientes, diz o comunicado. A empresa contabiliza em 234 o número de lojas da cadeia de supermercados que já estão a ser afetadas pelo bloqueio e que podem ficar sem produtos ao longo desta quarta-feira.

Os agricultores protestam contra o preço pago pela DIA nos produtos lácteos. Mas a empresa rejeita as acusações feitas pelos agricultores e garantiu que a associação do setor, a Asedas, está presente em todas reuniões que a DIA tem com o Ministério da Agricultura. “A compra de leite e de laticínios é sempre feita através do setor”, garantiu a DIA. No exterior do armazém, agricultores atearam fogo a bandeiras da Alemanha e a produtos lácteos produzidos em França.

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