Histórico de atualizações
  • A conferência de imprensa já terminou e a cobertura ao minuto do discurso e debate do estado da União fica por aqui. Obrigada por ter acompanhado este liveblog. Até à próxima.

  • Proposta para acolher 160 mil refugiados é "modesta"

    “Dada a gravidade da situação, esta proposta é modesta”, diz Juncker durante a conferência de imprensa. O presidente da Comissão diz esperar que já para a semana, durante a reunião de ministros da Administração Interna do UE, os Governos concordem com esta nova distribuição de quotas.

    Juncker diz que daqui para a frente e com novas medidas legislativas em relação ao asilo, espera criar “um sistema que não seja muito complicado” e que haja consequências para os Estados que não aceitem as suas quotas. “Não gosto de sanções financeiras, mas podemos tentar criar um sistema de co-financiamento para quem não quer ter refugiados nos seus territórios”, afirmou Juncker.

    Do seu discurso de 72 minutos, Juncker diz que quer que os europeus tenha “solidariedade” e “coragem”. “Os europeus não devem ter medo”, sublinhou o luxemburguês.

  • Juncker emociona-se e agradece ajuda do Parlamento

    Ao falar dos pais, na conferência de imprensa, Jean-Claude Juncker emociona-se. Diz que cumprir o seu dever como presidente da Comissão vem dos seus pais, que passaram a vida a trabalhar. A mãe de Juncker morreu durante o fim-de-semana e o pai está no hospital.

    Tanto Schulz como Juncker dizem que este discurso foi importante e marcou a cooperação entre as duas instituições.

  • Martin Schulz e Jean-Claude Juncker vão agora falar com os jornalistas. A sala está repleta, mas ainda não há sinal dos presidente da Comissão e do Parlamento Europeu.

  • Juncker elogia as reformas em Portugal

    No encerramento deste debate, Jean-Claude Juncker disse que muitas das reformas no terceiro programa a Grécia foram propostas por si, dando como exemplo a redução do orçamento do exército ou a tributação dos armadores. “Se a Comissão não tivesse estado presente, o programa de ajustamento teria sido muito mais difícil de aplicar”, defendeu Juncker.

    Por outro lado, Juncker elogiou as reformas noutros países como Portugal, Irlanda, Espanha e Letónia. “Demostraram resultados que confirmam a minha análise. Quando fazemos boas reformas, os resultados são melhores”, concluiu.

  • Eurodeputados portugueses tomam a palavra

    Os eurodeputados das várias nacionalidades puderam confrontar Juncker durante um minuto e meio e dois portugueses tiveram a palavra.

    A socialista Maria João Rodrigues foi uma das primeiras a intervir, dizendo que o discurso de Juncker foi “corajoso”, mas que é preciso “implementar a agenda do crescimento” e isso não será possível enquanto a União Europeia for composta por “divergências e não por convergências”.

    Paulo Rangel, eurodeputado do Partido Popular Europeu, disse que “a crise da imigração” veio mostrar que é preciso maior integração na Europa e perguntou a Juncker se estaria de acordo com o fundo comum proposto por Passos Coelho – e por figuras de outros quadrantes políticos no passado – que pretende providenciar a”ajuda aos desempregados” em toda a Europa.

  • O discurso de Juncker na íntegra

    O presidente da Comissão atrapalhou-se na sua apresentação e acabou por ter de cortar o discurso a meio devido à falta de tempo. O discurso, intitulado “Tempo para Honestidade, Unidade e Solidariedade” já pode ser lido na íntegra no site da Comissão (em inglês). Um dos temas que acabou por ser abordado por alto foi o ambiente, nomeadamente a importância de a UE liderar o combate ao aquecimento global.

  • As novas quotas oficiais para o acolhimento de refugiados

    O novo esquema de acolhimento de refugiados, já com os 160 mil refugiados, entre os vários Estados-membros (Itália, Grécia e Hungira estão excluídos porque são pontos de chegada e entrada na Europa):

    Os números são similares aos que já tinham sido divulgados na semana passada.

  • O insólito eurodeputado do UKIP, Nigel Farage, disse que os europeus “devem estar loucos” por abrirem as suas fronteiras a terroristas do ISIS. “Se queremos proteger as nossas sociedades, temos de parar os barcos no Mediterrâneo”, disse o eurodeputado britânico, líder do grupo político Liberdades e Democracia Direta europeia.

    Também o recém-criado grupo de Marine Le Pen, através do eurodeputado Florian Philippot, disse que a Europa é “uma galinha sem cabeça a correr”, questionando a “enchente de islamitas” que está a entrar nos Estados-membros.

  • O grupo da Esquerda Europeia Unida diz esperar que o sistema de imigração legal anunciado esta quarta-feira pela Comissão seja cumprido. “Não devemos permitir aos governos que se fixem nos nacionalismos”, defende Gabriele Zimmer, líder deste grupo, questionando ainda o presidente por não ter falado sobre temas sociais.

    Philippe Lamberts, líder dos Verdes Europeus pede ação para responder à emergência dos conflitos e dos refugiados, sugerindo que o Parlamento Europeu em Estrasburgo – seja usado para abrigar refugiados – já que esta reunião só acontece uma vez por mês.

  • É a vez de Syed Kamall, líder dos conservadores e eurodeputado britânico, diz que o discurso de Juncker foi repetido face aos dos últimos anos e que a Europa precisa de “realismo e de realidade”. Focando-se na crise dos refugiados, o conservador diz que “muitas pessoas querem confundir imigrantes com refugiados”, mas isso não deve acontecer, indicando que os países do Médio Oriente não fazem nada para ajudar nesta questão.

    Durante o seu discurso, o líder do liberais, Guy Verhofstadt, diz que os países não devem escolher quem em para o seus países porque “é uma responsabilidade conjunta”. “O problema está na negação da Europa”, afirma o liberal, um dos mais proeminentes federalistas no Parlamento Europeu. Verhofstadt pediu ainda mais ação para acabar com o conflito na Síria.

  • Os grupos políticos têm agora alguns minutos para intervenção. Manfred Weber, líder do PPE, disse que a Grécia mostrou que a ideologia de esquerda foi derrotada e falou nos “bons resultados” conseguidos pelas economias de Espanha e da Irlanda após a aplicação de programas de austeridade.

    Já os socialistas querem voltar a falar sobre uma economia sustentável com investimento e emprego. Estamos demasiado envolvidos no mercantilismo e capitalismo”, avisou Gianni Pittella, líder dos Socialistas e Democratas.

  • Juncker diz que nem tudo está bem, mas continua confiante no futuro da Europa

    Juncker termina o seu discurso dizendo que não veio a Estrasburgo “declamar um poema sobre a Europa” e que nem tudo está bem, mas diz estar orgulhoso do trabalho da sua Comissão e confiante no futuro da Europa.

    O Parlamento Europeu dá as condolência a Juncker pela morte da sua mãe no passado sábado.

  • Um episódio inesperado, Merkel aparece no plenário

    Num momento inesperado, Gianluca Buonanno – eurodeputado da Liga Norte -, colocou uma máscara com a cara de Angela Merkel e desceu até fundo da sala para cumprimentar Jean-Claude Juncker. Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu e alemão, interrompeu os trabalhos e disse: “Pode não gostar dela, mas fez com que ela ficasse muito bonita”.

    Juncker disse depois de lhe apertar a mão: “O Parlamento Europeu é o sítio onde se pode encontrar toda a gente”.

  • "Vamos ter um acordo justo com o Reino Unido"

    Jean-Claude Juncker avisou o plenário que ia apenas a meio do seu discurso – apesar de já ter passado uma hora – e disse que tentaria resumir. Mas quis falar sobre o Reino Unido, dizendo que Cameron terá um acordo justo e a comissão concorda com alguns dos pontos reivindicados por Londres, mas inflexível no que diz respeito à circulação das pessoas e nos standards da própria União – nomeadamente na negociação com os Estados Unidos sobre o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP).

  • Propostas para a união económica e monetária

    A Comissão renova os compromissos com o plano Juncker, com o relatório dos cinco presidentes e avança que está a ser estudado um novos sistema segurança de investimentos – que não será como uma mutualização da dívida, mas um reforço na confança dos investidores -, está a estudar um Tesouro europeu – possivelmente à semelhança do que já existe no EUA -, maior partilha de informação fiscal (um tema ligado ao escândalo Luxleaks) e maior equidade entre os salários nos 28 estados-membros.

  • Saída da Grécia "era uma possibilidade, mas não era uma opção"

    O discurso está para durar e o presidente avisa que ainda tem muitos pontos para abordar, passando agora para a Grécia – que diz ser “muito próxima” do seu coração.

    Juncker lembra que a Comissão não foi de férias durante os momentos mais quentes da discussão sobre a Grécia. “Tivemos de dizer que a saída Grécia, não era uma opção, porque senão teria acontecido. Disse a Tsipras que isso não significava que eles estivessem seguros, não sou mágico. Era uma possibilidade, mas não era uma opção“, afirma o presidente, acrescentando que a União “tem de respeitar os gregos” e que “muitas vezes falhámos nisso”.

    O presidente afirma que o terceiro programa “não é uma oferta”, mas um compromisso e por isso terá de ser respeitado pelos dois lados, ou seja, troika e autoridades gregas.

  • Os Verdes no Parlamento Europeu estão a deixar a sua posição clara em relação à crise dos refugiados:

  • Comissão vai criar lista de países seguros

    Um novo instrumento revelado neste discurso é a criação de uma “lista de países seguros”, ou seja, países que ainda não são Estados-membros, mas estão a candidatar-se e por onde os refugiados podem circular. Esta proposta deve ter algum tipo de contrapartida como maior financiamento da UE, já que Juncker adiantou que os países que perderem esse estatuto por não respeitarem os direitos humanos dos refugiados não vão poder continuar o processo de adesão à UE.

    Outra alteração é fazer com que os refugiados possam começar a trabalhar enquanto estão à espera de receber o seu estatuto nos Estados-membros. “Trabalhar é um direito fundamental”, disse Juncker.

    O presidente anunciou mesmo um pacote legislativo de imigração no início de 2016, a nível comunitário. “Temos de organizar maneiras legais de chegar à Europa”, avança o presidente.

  • "Ação" é o que a UE precisa.

    O presidente da Comissão diz que Itália, Grécia e Hungria “não podem ficar sozinhos nos esforços de alojamento” e anunciou um novo plano para o realojamento de mais 120 mil refugiados (mais os 40 mil já previstos) e pede aos ministros da Administração Interna que se vão encontrar no Luxemburgo, no dia 14 de setembro, que adotem já novas medidas. “Ação é o que precisamos neste momento”, sublinha Juncker.

    Juncker anunciou um novo programa de financiamento para os refugiados em campos na Turquia, especialmente comida e educação para crianças sírias.

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