O governo do Líbano aprovou um plano para acabar com a crise do lixo, que dura há meses e que tem provocado protestos de rua.

O ministro da Agricultura, Akram Shehayeb, anunciou o acordo, que aprova a devolução dos direitos de gestão dos resíduos aos municípios e a abertura de dois novos aterros sanitários.

“Hoje à noite, aprovamos um caminho para sair da crise”, disse Shehayed, após uma reunião que durou mais de seis horas e quando a população se preparava para mais uma manifestação em Beirute, capital do país.

O complexo plano vai acabar com a centralização da recolha de resíduos, uma das principais exigências dos ativistas, e abrir dois novos aterros sanitários em locais distantes.

O plano prevê também a abertura temporária do aterro de Naameh, encerrado em julho, na sequência dos protestos dos moradores locais, o que provocou a crise na recolha do lixo.

A crise do lixo provocou fortes protestos, inicialmente focados na questão dos resíduos, mas que cresceram para abranger situações como a escassez de água e eletricidade e a dividida classe política do Líbano.

A campanha, “Você fede”, trouxe para as ruas milhares de pessoas em manifestações não partidárias contra toda a classe política.

O Líbano está sem Presidente há mais de um ano, com o parlamento dividido e incapaz de eleger um novo chefe de Estado.

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